INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES COM USO CRÔNICO DE FÁRMACOS: DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA

Autores

  • Tamires Mariana Dias Rocha FACEG

Palavras-chave:

PALAVRAS CHAVES: Segurança medicamentosa, prescrição odontológica, avaliação farmacológica, efeitos adversos

Resumo

Introdução: O aumento da longevidade e a prevalência crescente de doenças crônicas têm levado a um aumento significativo no uso de medicamentos por parte da população. Pacientes que utilizam múltiplos fármacos, condição conhecida como polifarmácia, apresentam maior risco de interações medicamentosas, que podem comprometer a eficácia terapêutica e a segurança do tratamento odontológico (SANTOS et al., 2020). Objetivo: Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo, analisar as principais interações medicamentosas que podem ocorrer na clínica odontológica devido ao uso crônico de fármacos. Métodos: Foram analisados artigos publicados  entre 2013 e 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol, obtidos em pesquisa realizada nas bases de dados SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico, utilizando os seguintes descritores: “interações medicamentosas”, “odontologia”, “polifarmácia”, “medicamentos de uso contínuo” e “atenção odontológica”. Resultados e Discussão: A análise evidenciou que os medicamentos mais frequentemente envolvidos em interações significativas na odontologia incluem anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), anticoagulantes, antibióticos, anti-hipertensivos, antidepressivos, imunossupressores e anestésicos locais. A revisão apontou que as interações entre os AINEs e os anticoagulantes são as mais prevalentes e perigosas devido o risco de sangramentos, o que pode comprometer a realização de procedimentos cirúrgicos e extrações dentárias (SANTOS et al., 2020; BARBOSA et al., 2017). A interação de antidepressivos, com anestésicos locais que contêm vasoconstritores, como a adrenalina, provoca alterações no ritmo cardíaco e no aumento da pressão arterial, exigindo assim, um ajuste cuidadoso nas doses de anestésicos e uma monitorização mais rigorosa durante os procedimentos odontológicos (COSTA et al., 2021). Anti-hipertensivos e anestésicos locais, também se interagem, interferindo na resposta do paciente ao anestésico, tornando-o menos eficaz em algumas situações (SANTOS et al., 2020). Conclusão: Diante disso, conclui-se que são várias as possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer em ambiente odontológico, no entanto, a coleta completa de informações sobre o uso de medicamentos, pode prevenir interações perigosas permitindo ao profissional odontológico ajustar o plano de tratamento de forma personalizada e segura. Ademais, a colaboração entre o cirurgião-dentista, médicos e farmacêuticos também é fundamental para um gerenciamento eficaz dessas interações, garantindo uma abordagem integrada e de segurança para os pacientes.

 

Publicado

2025-05-19