ENDODONTIA REGENERATIVA PÓS-TRAUMA DENTÁRIO: ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS PARA DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA
Resumo
Introdução: O trauma dental em dentes permanentes imaturos representa um desafio clínico significativo, especialmente quando resulta em necrose pulpar. Tradicionalmente, esses casos eram abordados por apicificação; no entanto, com os avanços da endodontia regenerativa, busca-se restabelecer a vitalidade pulpar e promover a regeneração radicular por meio da utilização de células-tronco. Objetivos: Revisar, à luz da literatura científica, as abordagens atuais da endodontia regenerativa em dentes jovens com necrose pulpar
pós-trauma, com ênfase nos protocolos clínicos e no uso de células-tronco. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura com artigos em português, selecionados em bases como PubMed, SciELO e Google Acadêmico, abordando trauma em dentes imaturos, necrose pulpar e terapias regenerativas. Resultados e Discussão: A terapia endodôntica regenerativa (TER) baseia-se em três pilares essenciais: fatores de crescimento, estrutura física apropriada e células-tronco mesenquimatosas, que se diferenciam em odontoblastos para regenerar a polpa dentária. A perfusão nos ápices incompletos dos dentes imaturos favorece a capacidade reparadora das polpas jovens. O sucesso do tratamento depende de diversos fatores, sendo crucial o acompanhamento pós-operatório para avaliar a evolução.
O período de proservação varia entre 6 meses a vários anos, com respostas diferenciadas de acordo com a região afetada e a resposta de cada dente. Conclusão: A terapia regenerativa em endodontia, utilizando células-tronco, biomateriais e fatores de crescimento, mostra-se promissora na regeneração da polpa e dentina em dentes imaturos com necrose pulpar. Apesar dos avanços, a falta de um protocolo padronizado e a necessidade de acompanhamento clínico contínuo são desafiadores. O sucesso depende da eliminação dos sintomas, reparo periapical e resposta positiva aos testes de sensibilidade pulpar.