AVANÇOS NO TRATAMENTO DO BRUXISMO COM TOXINA BOTULÍNICA

Autores

  • Camila Costa dos Santos FACEG
  • Jennifer Magalhães Sirqueira FACEG
  • Laura Maria Teixeira Marques FACEG
  • Letícia Mirelle Silva FACEG
  • Maria Eduarda Moreira Castro FACEG
  • Mariana Eterna de Souza Silva FACEG
  • Rafaela Stephany Damas da Silva FACEG
  • Walisson Pereira Santos FACEG
  • Eliene Soares Pimentel FACEG
  • Keila Vieira Mota Costa FACEG

Palavras-chave:

Bruxismo; Resultado do tratamento; Terapêutica; Toxina botulínica tipo A.

Resumo

Introdução: O bruxismo é um comportamento disfuncional e multifatorial que influencia diretamente na articulação temporomandibular (ATM), apresenta-se pelo apertamento e ranger inconsciente dos dentes, resultando em dores agudas e crônicas com grande relevância ao bem estar. Convencionalmente o manejo do bruxismo é realizado com placas oclusais e terapias comportamentais. Atualmente, a toxina botulínica é uma alternativa de tratamento próspero.  Objetivo:  Analisar a aplicação da toxina botulínica como alternativa terapêutica no tratamento do bruxismo, comparando sua eficácia clínica aos métodos convencionais, com ênfase na redução dos sintomas dolorosos, melhora da função mastigatória e preservação da ATM. Métodos: Revisão de literatura na base MEDLINE (PubMed), com os descritores: (("Bruxism"[Mesh]) AND ("Botulinum Toxins"[Mesh] OR "Botulinum Toxins, Type A"[Mesh])) AND ("Therapeutics"[Mesh] OR "Withholding Treatment"[Mesh] OR "Treatment Outcome"[Mesh]). Critérios: free full text, meta-análises, ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas, de 15/05/2015 a 15/05/2025. Seis artigos foram incluídos. Resultados e Discussão: A BTX-A apresentou eficácia na diminuição da dor miofascial e intensidade muscular do masseter, com efeitos mantidos por até 12 semanas. Estudos com eletromiografia mostraram redução significativa contração muscular e na força oclusal, protegendo estruturas orofaciais. Comparada à placa oclusal, a BTX-A proporcionou alívio da dor similar, porém com menor impacto positivo em parâmetros funcionais como amplitude de abertura bucal, protrusão e desempenho mandibular. Adicionalmente, observou-se melhora na qualidade de vida relacionada à saúde oral (OHIP-14). Em contrapartida, efeitos adversos leves foram relatados, como desconforto ao mastigar e sensibilidade local. A terapia com BTX-A mostrou-se especialmente útil em pacientes com dor refratária, baixa adesão ao uso de placas ou contra indicações ao tratamento convencional. Considerações finais:  A BTX-A mostrou-se eficaz na redução da dor associada ao bruxismo, principalmente por diminuir a intensidade das contrações musculares. Embora não reduza a frequência dos episódios, melhora a qualidade de vida e protege estruturas orofaciais. É uma alternativa viável para casos refratários, com efeitos leves e transitórios. Contudo, a variabilidade metodológica e amostras reduzidas indicam a necessidade de mais estudos clínicos padronizados e com maior seguimento.

Publicado

2025-05-18