DESCOMPRESSÃO E ENUCLEAÇÃO DE CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Gabriel Oliveira mota Faceg
  • Amanda Alves Koyuncu Faceg
  • Ana Clara Silva Barbosa
  • Larissa Mota Dos Reis
  • Isabella de Cássia Milhomem lopes
  • Jordana Alves Pedrosa
  • Amanda Carolina Ribeiro Chaves Faceg
  • Uander De Castro
  • Mikaella loraynne Lara Rezende

Resumo

INTRODUÇÃO: O ceratocisto odontogênico é uma lesão intraóssea benigna, de origem epitelial, caracterizada por um crescimento agressivo, comportamento infiltrativo, e uma alta taxa de recidiva após o tratamento. Seu diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e permitir um manejo mais conservador, sendo fundamental a escolha terapêutica adequada para um prognóstico favorável. OBJETIVO: Discutir as indicações, vantagens e desvantagens das técnicas de descompressão e enucleação como formas de tratamento do ceratocisto odontogênico. MÉTODOS: O trabalho consiste em uma revisão da literatura, que foi realizada diante buscas de artigos nas plataformas SciELO, PubMed e Google Acadêmico, com os descritores: “ceratocisto odontogênico”, “descompressão e enucleação de ceratocisto” e “tratamento de ceratocisto odontogênico”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O ceratocisto odontogênico destaca-se por sua agressividade local e alta recorrência, exigindo abordagem terapêutica criteriosa. Dentre as opções cirúrgicas, a descompressão e a enucleação são amplamente utilizadas. A descompressão consiste em criar uma abertura na parede cística, permitindo a drenagem do conteúdo e redução da pressão intraóssea. Com o tempo, a lesão diminui e a cápsula torna-se mais espessa e resistente, facilitando sua remoção. Essa técnica é indicada para lesões extensas ou próximas a estruturas anatômicas importantes, como o canal mandibular, reduzindo o risco de fraturas ou danos neurológicos. Já a enucleação envolve a remoção completa da cápsula cística e é recomendada para lesões menores ou após a etapa de descompressão. Apesar de eficaz, a remoção completa pode ser dificultada em lesões grandes ou com paredes ósseas finas. O uso de soluções como a de Carnoy pode auxiliar na eliminação de remanescentes epiteliais e diminuir a recidiva. A combinação das duas técnicas descompressão seguida de enucleação tem mostrado excelentes resultados, especialmente em pacientes jovens, pois preserva estruturas anatômicas e reduz a necessidade de reconstruções complexas. Essa abordagem também permite um melhor controle clínico e radiográfico da regressão da lesão. CONCLUSÃO: A escolha entre descompressão, enucleação ou associação de ambas depende do tamanho da lesão, localização anatômica e idade do paciente, tendo esta última opção de tratamento apresentado resultados excepcionais. O manejo cuidadoso e o acompanhamento pós-operatório são essenciais para o sucesso do tratamento e prevenção de recidivas.

PALAVRAS-CHAVE: CERATOCISTO ODONTOGÊNICO, DESCOMPRESSÃO DE CERATOCISTO, ENUCLEAÇÃO DE CERATOCISTO

Publicado

2025-05-17