Efeitos do Cigarro Eletrônico na Saúde Bucal de Jovens Adultos

Autores

  • Barbara Carrijo FACEG
  • Andressa Alves
  • Giovana Diniz
  • Jullia Rodrigues
  • Kamilly Gabrielly
  • Morgana Santana
  • Nataly Fernandes
  • Rafaela Biângulo
  • Paulo José

Palavras-chave:

Cigarro Eletronico, Nicotina, Saúde Bucal

Resumo

INTRODUÇÃO: O uso de cigarros eletrônicos (CE) tem se expandido globalmente, especialmente entre jovens adultos, sendo promovido como uma alternativa menos nociva ao tabagismo convencional. Estima-se que existam cerca de 1,1 bilhão de fumantes no mundo, e aproximadamente 60% desejam cessar o hábito. Nesse cenário, os CE surgiram com a proposta de redução de danos, embora seus efeitos a longo prazo ainda sejam incertos. Estudos têm identificado nos aerossóis desses dispositivos a presença de substâncias tóxicas, como nicotina, aldeídos, compostos cancerígenos e metais pesados. No Brasil, sua comercialização é proibida pela ANVISA desde 2009, mas o consumo segue crescente. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo analisar, por meio de revisão de literatura, os impactos do uso de cigarros eletrônicos na saúde bucal de jovens adultos, além de evidenciar os riscos associados ao seu uso. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura baseada em artigos científicos publicados em português e inglês, disponíveis nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Foram selecionados estudos que abordaram especificamente os efeitos dos CE na saúde bucal. Artigos que tratavam apenas de efeitos sistêmicos, sem menção à cavidade oral, foram excluídos. RESULTADO E DISCUSSÃO: Apesar de inicialmente voltados à cessação do tabagismo, os CE se popularizaram entre os jovens devido ao design moderno, variedade de sabores e ausência de odor residual. No entanto, não há comprovação consistente de sua eficácia como ferramenta para parar de fumar, e seu uso pode levar à dependência em não fumantes. A literatura revela divergências quanto aos efeitos totais dos CE, mas já reconhece prejuízos à saúde bucal, como inflamação gengival, aumento na colonização bacteriana patogênica e alterações na mucosa oral. Mesmo versões sem nicotina podem conter compostos irritantes e tóxicos. CONCLUSÃO: A revisão demonstrou que os cigarros eletrônicos apresentam riscos significativos à saúde bucal e sistêmica, apesar de sua recente introdução no mercado. É necessário ampliar a conscientização sobre seus efeitos adversos, sobretudo entre o público jovem.

Publicado

2025-05-16