INCID�NCIA DE PERI-IMPLANTITE, SUCESSO E SOBREVIV�NCIA DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS: ESTUDO RETROSPECTIVO

Autores

  • Alex Rocha Gonà§alves UniEvangà©lica
  • Daniela Leal Zandim Barcelos
  • Jeane Katiuscia Silva
  • Là©lis Gustavo Nà­coli
  • Luiz Guilherme Freitas de Paula
  • Rogà©rio Ribeiro de Paiva

Resumo

O TRATAMENTO REABILITADOR COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS TORNOU-SE IMPORTANTE MODALIDADE TERAP�UTICA NAS �LTIMAS D�CADAS E TEM COMO OBJETIVO, NÃO APENAS A OBTEN��O DA REABILITA��O FUNCIONAL/EST�TICA, MAS, SOBRETUDO, SER UM TRATAMENTO COM ALTA TAXA DE SUCESSO E SOBREVIV�NCIA (BUSER ET AL., 2012). DESTA FORMA, � DE SE ESPERAR QUE OS FATORES ASSOCIADOS � LONGEVIDADE DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS, SEJAM OBJETO DE INTENSA INVESTIGA��O NO MEIO ACAD�MICO.  CERTOS FATORES DE RISCO PODEM PREDISPOR INDIV�DUOS A UMA MENOR TAXA DE SUCESSO DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS. EMBORA HAJA CERTO CONSENSO SOBRE OS FATORES QUE PODEM COMPROMETER A LONGEVIDADE DA OSSEOINTEGRA��O, POUCO PARECE CLARO EM RELAÇÃO � RELEV�NCIA DESSES FATORES NO �NDICE DE SUCESSO OU DE SOBREVIV�NCIA DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS (ALBREKTSSON ET AL., 1986).

COM ESTE ESTUDO RETROSPECTIVO FOI POSS�VEL ANALISAR O SUCESSO E A LONGEVIDADE DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS, PERMITINDO, ASSIM, REALIZAR A ESTIMATIVA DA PREVAL�NCIA E INCID�NCIA DA PERDA DE IMPLANTES. A PARTIR DESTES DADOS FORAM OBSERVADAS ALGUMAS VARI�VEIS QUE INFLUENCIAM NO �XITO DA TERAPIA, COMO LOCALIZA��O ANAT�MICA, ALTERA��ES SIST�MICAS E FATORES DE RISCO.

ESTE ESTUDO LONGITUDINAL, RETROSPECTIVO DE COORTE E MULTIC�NTRICO, FOI REALIZADO NA CL�NICA ODONTOLÓGICA DE ENSINO DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA, ANÁPOLIS, GOI�S. POR SE TRATAR DE UM ESTUDO MULTIC�NTRICO, ESTA PESQUISA TAMB�M ESTEVE EM DESENVOLVIMENTO NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA - UNESP. FORAM SELECIONADOS CINQUENTA PACIENTES (N=50) QUE J� HAVIAM REALIZADO PROCEDIMENTO DE IMPLANTES DA CL�NICA ODONTOLÓGICA DE ENSINO DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA E CURSO DE IMPLANTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA (ABO) ANÁPOLIS, GOI�S. PARA DEFINI��O DA AMOSTRA, TIVEMOS COMO REFER�NCIA AMOSTRAGEM POR CONVENI�NCIA. AL�M DE IDENTIFICAR AS PROV�VEIS RAZ�ES PARA O INSUCESSO TERAP�UTICO, OS PACIENTES SELECIONADOS PARA PESQUISA QUE FORAM IDENTIFICADAS ALTERA��ES QUE FUJIAM DA NORMALIDADE, DE CAR�TER PATOLÓGICO, FOI DISPONIBILIZADO TRATAMENTO. TODOS OS DADOS COLETADOS FORAM AVALIADOS E TABULADOS PARA ANÁLISE ESTAT�STICA APROPRIADA.

OS PRONTU�RIOS DESTES PACIENTES FORAM CONSULTADOS PARA COLETA DE INFORMA��ES REFERENTES AO PROCEDIMENTO CIR�RGICO DE INSTALA��O DOS IMPLANTES E �S CARACTER�STICAS DOS IMPLANTES INSTALADOS. O EXAME CL�NICO FOI REALIZADO PARA AVALIA��O DA CONDIÇÃO PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR. OS SEGUINTES DADOS FORAM AVALIADOS: N�MERO DE DENTES E IMPLANTES PRESENTES; �NDICE DE PLACA VIS�VEL (IPV) DICOT�MICO; �NDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL (ISG) DICOT�MICO; PROFUNDIDADE DE SONDAGEM (PS); SANGRAMENTO � SONDAGEM (SS); N�VEL CL�NICO DE INSER��O (NCI); SUPURA��O; A ESPESSURA DA MUCOSA E A LOCALIZA��O DO T�RMINO DA COROA EM RELAÇÃO � MARGEM GENGIVAL. ESTA AVALIA��O FOI REALIZADA POR UM AVALIADOR EXPERIENTE PREVIAMENTE TREINADO E CALIBRADO. PARA DETERMINA��O DO SUCESSO DE CADA IMPLANTE, FORAM CONSIDERADOS OS PAR�METROS ADOTADOS POR BUSER ET AL (2012), OS QUAIS NÃO DIVERGEM SUBSTANCIALMENTE DAQUELES INICIALMENTE DESCRITOS, EM 1986, POR ALBREKTSON ET AL. (1986).

FORAM SELECIONADOS 50 PACIENTES QUE SE SUBMETERAM � REABILITA��O ORAL SOBRE IMPLANTES NO CURSO DE ESPECIALIZA��O EM IMPLANTODONTIA DA FOA-UNIEVANG�LICA E DO CURSO DE ESPECIALIZA��O EM IMPLANTODONTIA DA ABO-GÓIAS ENTRE OS ANOS DE 2014 A 2017. DESTA AMOSTRA TOTAL 14 NÃO DEMONSTRARAM INTERESSE EM PARTICIPAR DO ESTUDO, 8 NÃO FORAM CONTATADOS OU LOCALIZADOS, 5 ESTAVAM REALIZANDO ACOMPANHAMENTO EM OUTRA INSTITUI��O E 23 CONCORDARAM EM PARTICIPAR DO ESTUDO. DESTES QUE CONCORDARAM, TODOS REALIZARAM O EXAME CL�NICO E RADIOGR�FICO E FORAM INCLU�DOS NESTE ESTUDO.

FORAM AVALIADOS, 72 IMPLANTES SENDO CLASSIFICADOS DA SEGUINTE FORMA: 16 IMPLANTES SOBREVIVENTES E 56 IMPLANTES COM SUCESSO. ASSIM, A TAXA DE SOBREVIVENTES 22% E A TAXA DE SUCESSO FOI DE 78%. ENTRE OS IMPLANTES ANALISADOS, 38 (52,77%) ESTAVAM SEM ALTERA��O INFLAMATÓRIA, 16 (22,22%) APRESENTAVAM MUCOSITE E NENHUM DOS PARTICIPANTES FORAM DIAGNOSTICADOS COM PERI-IMPLANTITE. A IDADE M�DIA DOS PACIENTES AVALIADOS FOI DE 54 ANOS. DO N�MERO TOTAL DE PACIENTES, 13,04% ERAM EX-FUMANTES, 4,34% FUMANTES E 82,60% NUNCA HAVIAM SIDO TABAGISTAS. DE ACORDO COM A ANAMNESE, 9% DOS PACIENTES RELATARAM SEREM PORTADORES DE DIABETES, 17,39% DE HIPOTIREOIDISMO, 8,69% DE DOEN�AS CARDIOVASCULARES E 4,34% FAZIAM USO DE BIFOSFONATO. EM RELAÇÃO � CONDIÇÃO PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR, 7 PACIENTES APRESENTARAM PERIODONTITE CR�NICA E NENHUM PACIENTE APRESENTOU PERI-IMPLANTITE.

EM RELAÇÃO � CONDIÇÃO PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR, 7 PACIENTES APRESENTARAM PERIODONTITE CR�NICA E NENHUM PACIENTE APRESENTOU PERI-IMPLANTITE. SEGUNDO OLIVEIRA, ET AL. (2018) O FUMO � UM DOS MAIS IMPORTANTES FATORES DE RISCO PARA A PERI-IMPLANTITE, LEVANDO AO FRACASSO DOS IMPLANTES. NESTE ESTUDO A TAXA DE PACIENTES FUMANTES FOI BAIXA, CORRESPONDENDO ENT�O, COM A ALTA TAXA DE SUCESSO ENCONTRADA NOS IMPLANTES AVALIADOS. 

CONSIDERANDO A VARIABILIDADE QUANTO � CARACTERIZA��O DA PERI-IMPLANTITE (SANZ; 2012; ZITZMANN, 2008), ESSA DIVERG�NCIA NÃO DEVE CAUSAR SURPRESA. TALVEZ MENOS SUJEITA A VARIA��ES METODOLÓGICAS SEJAM AS TAXAS DE SOBREVIV�NCIA, QUE UTILIZAM CRIT�RIOS DE AVALIA��O MENOS SUBJETIVOS, ONDE, 69% DOS IMPLANTES SE ENCAIXARAM NO GRUPO SOBREVIVENTE (ALBREKTSSON ET AL.,1986; BUSER ET AL., 1990).

APESAR DOS PACIENTES AVALIADOS APRESENTAREM ALGUMAS ALTERA��ES SIST�MICAS PASS�VEIS DE INTERFERIR NA TAXA DE SUCESSO DOS IMPLANTES INSTALADOS, EM ESTUDO RETROSPECTIVO REALIZADO POR GOMES (2008), DOEN�AS SIST�MICAS, PROCEDIMENTOS RECONSTRUTIVOS E COMPLICA��ES NOS TRATAMENTOS CIR�RGICOS NÃO RESULTARAM SER SIGNIFICATIVOS NOS �NDICES DE FALHA DOS IMPLANTES. SEGUNDO OLIVEIRA, ET AL (2018) O FUMO � UM DOS MAIS IMPORTANTES FATORES DE RISCO PARA A PERI-IMPLANTITE, LEVANDO AO FRACASSO DOS IMPLANTES. ISTO � REAFIRMADO POR CHEN ., ET AL (2013), QUE APÓS REALIZAR UMA METAN�LISE APONTOU QUE, PACIENTES FUMANTES APRESENTAM MAIOR PORCENTAGEM DE FALHA SE COMPARADOS COM PACIENTES NÃO FUMANTES. CORROBORANDO ENT�O, COM OS DADOS ENCONTRADOS NESTE ESTUDO, ONDE A TAXA DE PACIENTES FUMANTES FOI BAIXA, CORRESPONDENDO COM A ALTA TAXA DE SUCESSO ENCONTRADA NOS IMPLANTES AVALIADOS. 

TAYLOR ET AL., (1998) REALIZARAM UM ESTUDO ONDE OBSERVARAM NOS PACIENTES DIAB�TICOS NÃO INSULINO DEPENDENTES, MAIOR INFLUÊNCIA NA CICATRIZA��O E REMODELA��O ÓSSEA, GERANDO COMPLICA��ES POTENCIAIS. ENTRETANTO, CONTRARIANDO ESTA HIPÓTESE, CHEN ., ET AL (2013) APONTA QUE A ASSOCIAÇÃO ENTRE DIABETES E O RISCO DE FALHA DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS � INSIGNIFICANTE. ESSES DADOS DEMONSTRAM QUE, APESAR DAS VARIANTES QUE PODEM INFLUENCIAR NO ESTADO DE SAÚDE, COMO POR EXEMPLO O DIABETES MELLITUS QUE AFETA O PROCESSO DE CICATRIZA��O E REMODELA��O ÓSSEA, ESSAS DOEN�AS QUANDO CONTROLADAS NÃO INTERFEREM NA LONGEVIDADE DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS.

A PARTIR DOS IMPLANTES AVALIADOS NESTE ESTUDO, FOI POSS�VEL OBSERVAR GRANDE TAXA DE SUCESSO FRENTE AOS MESMOS, NÃO SENDO IDENTIFICADO NENHUM CASO DE PERI-IMPLANTITE E NENHUMA PERDA DE IMPLANTE. ENTRETANTO, COM BASE NOS RESULTADOS OBTIDOS PELO PRESENTE ESTUDO E DEVIDO AO CURTO TEMPO DE ACOMPANHAMENTO, ACREDITAMOS QUE NOVOS ESTUDOS CL�NICOS DE ACOMPANHAMENTO SÃO ALTAMENTE DESEJ�VEIS, BUSCANDO AVALIAR A INTERFER�NCIA DE FATORES AMBIENTAIS INTR�NSECOS E EXTR�NSECOS NO SUCESSO E LONGEVIDADE DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS POR UM PER�ODO MAIOR DE TEMPO. 

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Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

PBIC - UniEVANGÉLICA