CONHECIMENTO DOS ACAD�MICOS DE ENFERMAGEM EM RELAÇO A PREVENÇO DE PNEUMONIAS POR ASPIRAÇO EM UTI

Autores

  • Karen Cardoso de Carvalho UniEvangà©lica
  • Larissa Stival Cândido
  • Laurisleidy Leal Ferreira
  • Letà­cia Dias de Moraes
  • Dayane de Almeida Brandão

Resumo

CONHECIMENTO DOS ACAD�ŠMICOS DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO A PREVEN��O DE PNEUMONIAS POR ASPIRA��O EM UTI

KAREN CARDOSO DE CARVALHO, LARISSA STIVAL C�NDIDO, LAURISLEIDY LEAL FERREIRA, LET�CIA DIAS DE MORAES, DAYANE DE ALMEIDA BRAND�O, GET�LIO SOUZA DE MAR�ES.

INSTITUI��O DE FOMENTO: BOLSA DE INICIA��O CIENTÍFICA (PBIC) - UNIEVANG�LICA

INTRODUÇÃO

A ODONTOLOGIA HOSPITALAR INTEGRA A��ES QUE V�O AL�M DAS DIMENS�ES QUE A POPULA��O IMAGINA ATUALMENTE (GODOI ET AL., 2009). ASSOCIA-SE AO TRABALHO UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, TENDO EM VISTA O TRATAMENTO GLOBAL DO PACIENTE COM A PREVEN��O DE INFECÇÕES HOSPITALARES RELACIONADAS AO SISTEMA ESTOMATOGN�TICO, EM PARTICULAR AS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS QUE PROLOGAM O TEMPO DE INTERNA��O, CONTRIBUINDO DESSA FORMA, PARA O BEM ESTAR E DIGNIDADE DO PACIENTE. (GOMES & ESTEVES, 2012).

� ESSENCIAL QUE PACIENTES DE UTI TENHAM CUIDADOS DE HIGIENE ORAL SUFICIENTES DURANTE SUA INTERNA��O COM O OBJETIVO DE PREVENIR A INSTALA��O DE PATOLOGIAS ORAIS E POSS�VEIS COMPLICA��ES DE DOEN�AS BUCAIS J� EXISTENTES (MORAIS ET AL., 2006). COM A ATUA��O COMPLEMENTAR DO CIRURGI�O DENTISTA (CD) NA PROMO��O DE SAÚDE BUCAL, AMPLIA-SE A EFICI�NCIA DE PROGNÓSTICO DOS PACIENTES EM UTI DEVIDO � DIMINUI��O DA COLONIZA��O DO BIOFILME, DOS AGRAVOS POR BACT�RIAS DA BUCOFARINGE E ASPIRA��O DA SALIVA COLONIZADA (CADONA ET AL., 2014).

 

METODOLOGIA

ELABOROU-SE UM QUESTION�RIO COM O OBJETIVO DE AVALIAR SE OS ACAD�MICOS POSSU�AM OU NÃO O CONHECIMENTO DA RELAÇÃO ENTRE A PNEUMONIA HOSPITALAR E A SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES EM UTI, AL�M DOS BENEF�CIOS DOS CUIDADOS ODONTOLÓGICOS. O LOCAL PARA REALIZA��O DA PESQUISA FOI UMA INSTITUI��O DE ENSINO SUPERIOR EM GOI�S. A PESQUISA FOI REALIZADA COM ACAD�MICOS DE ENFERMAGEM DA INSTITUI��O, DE AMBOS OS G�NEROS, QUE CURSAVAM O �LTIMO PER�ODO DA GRADUAÇÃO. OS CRIT�RIOS PARA PARTICIPA��O DOS DISCENTES TEVE COMO INCLUS�O OS ALUNOS REGULARMENTE MATRICULADOS, HOMENS E MULHERES, CURSAVAM O ULTIMO PER�ODO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. OS CRIT�RIOS DE EXCLUS�O FORAM DISCENTES MENORES DE 18 ANOS, E QUE CURSAVAM OUTROS PER�ODOS.

            OS DADOS OBTIDOS PELA PESQUISA EST�O DEMONSTRADOS EM PORCENTAGENS E DISTRIBU�DOS EM GR�FICOS. O MECANISMO DE ANÁLISE DE PESQUISA � ESTAT�STICA DESCRITIVA, QUE DEMONSTROU A COMPREENS�O DE ACAD�MICOS SOBRE DETERMINADO ASSUNTO A PARTIR DE UMA AMOSTRA, COM N�VEL DE RELEV�NCIA ALTO E INOVADOR SOBRE O CONHECIMENTO DA ATUA��O DO CIRURGI�O DENTISTA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.

 

RESULTADOS

DURANTE A PESQUISA, OS ACAD�MICOS AO SEREM QUESTIONADOS EM RELAÇÃO AO CONHECIMENTO SOBRE A EXIST�NCIA DO TERMO �€ŒODONTOLOGIA HOSPITALAR�€ 47% RESPONDERAM QUE J� OUVIRAM FALAR, MAS NÃO T�M CONHECIMENTO APROFUNDADO, 21% RESPONDERAM NÃO E 32% SIM. NO QUE SE REFERE AO CONHECIMENTO DOS ENTREVISTADOS EM RELAÇÃO A ATUA��O DO CIRURGI�O DENTISTA, JUNTAMENTE COM A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, OBJETIVANDO UMA ASSIST�NCIA INTEGRAL AO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, 79% DISSERAM DESCONHECER ESSA ATUA��O, SENDO QUE 21% CONHECEM. QUANDO QUESTIONADOS SE CONCORDAVAM QUE O PAPEL DO CIRURGI�O DENTISTA NA PROMO��O DE SAÚDE BUCAL EM UTI PODE AMPLIAR A EFICI�NCIA DO PROGNÓSTICO DO PACIENTE, 79% DOS ENTREVISTADOS DISSERAM QUE SIM, ENQUANTO 5% DISSERAM NÃO CONCORDAR, E 16% AFIRMARAM QUE NÃO HAVERIA DIFEREN�AS PREPONDERANTES PELA PRESEN�A DO CIRURGI�O-DENTISTA.

QUANTO � INFLUÊNCIA DIRETA DA CAVIDADE ORAL NO DESENVOLVIMENTO DE PATOLOGIAS EM PACIENTES DE UTI, 74% DOS ENTREVISTADOS ACREDITAM QUE HAJA RELAÇÃO DIRETA, PORÉM 5% DISSERAM NÃO HAVER, E 21% DISSERAM NÃO TER CONHECIMENTO DETALHADO SOBRE O ASSUNTO. OS ALUNOS TAMB�M FORAM ARGUMENTADOS SOBRE A EXIST�NCIA DE PROTOCOLOS DE HIGIENE ORAL PREVIAMENTE ESTABELECIDOS E UTILIZADOS EM PACIENTES DE UTI, E 47% RESPONDERAM TER UMA IDEIA DO TIPO DE PROTOCOLO UTILIZADO, E 53% RESPONDERAM QUE NÃO TER IDEIA.

QUANDO QUESTIONADOS SE ACREDITAM QUE HAJA NA MICROBIOTA BUCAL NORMAL, A PRESEN�A DO PATÓGENO QUE CAUSA A PNEUMONIA NOSOCOMIAL, 42% RELATARAM QUE SIM, 26% DEMOSTRARAM QUE NÃO, 16% NÃO MARCARAM RESPOSTA, E OUTROS 16% DISSERAM QUE O PATÓGENO SÓ � FREQUENTE EM CASOS DE DEBILITA��O DO INDIV�DUO.  COM OS RESULTADOS OBTIDOS NO PRESENTE ESTUDO CONSTATA-SE ESSA NEGLIG�NCIA QUANDO 47% DOS PARTICIPANTES AFIRMAM NÃO TER CONHECIMENTO APROFUNDADO SOBRE O TERMO ODONTOLOGIA HOSPITALAR, OU QUANDO, NESTA MESMA PERSPECTIVA, A MAIORIA ABSOLUTA DOS ENTREVISTADOS RELATAM NÃO SABER A FORMA DE ATUA��O DO CIRURGI�O-DENTISTA EM AMBIENTE HOSPITALAR, COMO NA REDUÇÃO DO RISCO DE DISSEMINA��O DE PATÓGENOS DA CAVIDADE BUCAL QUE POSSAM CAUSAR PROBLEMAS SIST�MICOS, EXECUTANDO A MANUTEN��O DA HIGIENIZA��O DOS DENTES, GENGIVA, BOCHECHA E L�NGUA, E CONTROLANDO A COLONIZA��O INTENSA DE PATÓGENOS, AL�M DOS CASOS DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL, PROCEDIMENTOS QUE DEMANDAM ANESTESIA GERAL, E AT� MESMO ATENDIMENTO �S CRIAN�AS, PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (POSSE ET AL., 2003).

A VALORIZA��O DO PROFISSIONAL DA ODONTOLOGIA FICA EVIDENTE QUANDO 79% DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA AFIRMAM QUE O CIRURGI�O-DENTISTA PODE AMPLIAR A EFICI�NCIA DO PROGNÓSTICO DO PACIENTE ATRAV�S DA PROMO��O DE SAÚDE BUCAL EM UTI. O QUE INDICA QUE A PERCEP��O DA IMPORT�NCIA DESSE PROFISSIONAL ESTÁ MUDANDO, VISTO QUE PESQUISAS ANTERIORES COMO DE CRISTHIANE ET AL  (2013) INDICARAM QUE APENAS 55% DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DA UTI, RELATARAM QUE A PRESEN�A DE UM CIRURGI�O-DENTISTA MELHORARIA O QUADRO SIST�MICO DO PACIENTE. NO ENTANTO, MESMO COM O AUMENTO DO �NDICE, NÃO H� UNANIMIDADE NO RECONHECIMENTO DA IMPORT�NCIA E DO PAPEL DO CIRURGI�O-DENTISTA COMO INTEGRANTE DA EQUIPE DE PROFISSIONAIS DA �REA DA SAÚDE EM UTIS.

 

CONCLUSဢES

AO T�RMINO DESSA PESQUISA, PODE-SE CONCLUIR QUE OS FUTUROS PROFISSIONAIS DE MEDICINA RECONHECEM QUE O CD PODE AMPLIAR O PROGNÓSTICO DOS PACIENTES HOSPITALIZADOS, ENTRETANTO, NECESSITAM DE MAIOR CONHECIMENTO SOBRE SUAS COMPET�NCIAS EM �MBITO HOSPITALAR, PARA QUE O RECONHECIMENTO DA IMPORT�NCIA DO CD EM UTI SEJA UNANIMIDADE ENTRE AS ESPECIALIDADES.

REFER�ŠNCIAS BIBLIOGR�FICAS

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Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

PBIC - UniEVANGÉLICA