ESTRATÀ©GIAS DE COPING NO ENFRENTAMENTO DA VITIMIZA��O DE ADOLESCENTES.

Autores

  • Isabelly Fossatti Rodrigues UniEvangà©lica
  • Margareth Regina Gomes Verà­ssimo de Faria

Resumo

ESTRAT�GIAS DE COPING NO ENFRENTAMENTO DA VITIMIZA��O DE ADOLESCENTES.

ISABELLY FOSSATTI RODRIGUES1;

MARGARETH REGINA GOMES VER�SSIMO DE FARIA2.

1ACAD�MICA DO 10�° PER�ODO DE PSICOLOGIA DA UNIEVANG�LICA;

2PROFESSORA DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIEVANG�LICA.

            A ADOLESC�NCIA REFERE-SE A UMA ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO QUE SE ENCONTRA SITUADA ENTRE A INF�NCIA E A IDADE ADULTA, SENDO ESTE UM PER�ODO DE INTENSA TRANSI��O, PERMEADO POR DIVERSAS E SIGNIFICATIVAS MODIFICA��ES EM TODAS AS ESFERAS QUE COMP�EM A VIDA DO JOVEM. PORTANTO, DIZ RESPEITO A UM MOMENTO EM QUE O ADOLESCENTE SE DEPARA COM UMA S�RIE DE ALTERA��ES F�SICAS, COMO POR EXEMPLO, ALTERA��O DA VOZ E DA PRÓPRIA ESTATURA, AO MESMO TEMPO EM QUE VIVENCIA DIVERSAS MODIFICA��ES NO �MBITO PSICOLÓGICO E SOCIAL, POIS ESTA CONFIGURA-SE EM UMA FASE EM QUE H� O DESCOBRIMENTO DA SUA PRÓPRIA IDENTIDADE E DO MUNDO QUE O CERCA. SENDO ASSIM, DEVIDO A ESTAS CONSIDER�VEIS MUDAN�AS, � COMPREENS�VEL O ADOLESCENTE ENCONTRAR-SE EM UM ESTADO MAIS ACENTUADO DE VULNERABILIDADE E FRAGILIDADE FRENTE A SUA EXIST�NCIA, PODENDO, CONSEQUENTEMENTE, ESTAR MAIS SUSCET�VEL A EXPOSI��O DE PR�TICAS VIOLENTAS.

            SABE-SE, PORTANTO, QUE A VIOL�NCIA CONFIGURA-SE EM UM SIGNIFICATIVO PROBLEMA DE ORDEM MUNDIAL, ASSIM COMO UM PROBLEMA PERTINENTE DE SAÚDE PÚBLICA, UMA VEZ QUE AFETA DIRETAMENTE A QUALIDADE DE VIDA DOS INDIV�DUOS ENVOLVIDOS. DESTE MODO, DE ACORDO COM A DEFINI��O PROPOSTA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2002. CITADO POR SACRAMENTO & REZENDE, 2006), A VIOL�NCIA � DEFINIDA �€ŒCOMO O USO INTENCIONAL DA FOR�A OU PODER EM UMA FORMA DE AMEA�A OU EFETIVAMENTE, CONTRA SI MESMO, OUTRA PESSOA OU GRUPO OU COMUNIDADE, QUE OCASIONA OU TEM GRANDES PROBABILIDADES DE OCASIONAR LES�O, MORTE, DANO PS�QUICO, ALTERA��ES DO DESENVOLVIMENTO OU PRIVA��ES�€. EM VISTA DISSO, QUANDO UM ADOLESCENTE ENCONTRA-SE IMERSO EM UMA SITUA��O DE VIOL�NCIA QUE AMEACE A SUA INTEGRIDADE ENQUANTO SER HUMANO, ESTE PASSA A FAZER O USO DE CERTAS ESTRAT�GIAS DE ENFRENTAMENTO, VISANDO A SUA PRÓPRIA PROTE��O, ASSIM COMO O SEU EQUIL�BRIO PS�QUICO DIANTE DA SITUA��O CAUSADORA DE SOFRIMENTO. TAIS ESTRAT�GIAS SÃO CONHECIDAS PELO OS ESTUDIOSOS DA TEM�TICA COMO ESTRAT�GIAS DE COPING.

SEGUNDO LAZARUS E FOLKMAM (1984. CITADO POR MOHN, 2016, P. 15), COPING � DESCRITO COMO �€ŒPROCESSO PELO QUAL OCORREM CONSTANTES MUDAN�AS COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS PARA GERENCIAR AS DEMANDAS EXTERNAS E/OU INTERNAS ESPEC�FICAS, QUE SÃO AVALIADAS COMO ESTRESSORAS OU QUE ESGOTAM OS RECURSOS DA PESSOA PARA LIDAR COM A SITUA��O, DESTINADAS A DOMINAR, A TOLERAR OU A REDUZIR AS DEMANDAS CONFLITUOSAS�€. DESTA MANEIRA, QUANDO UM JOVEM DETERMINA UMA SITUA��O ESPECIFICA COMO ESTRESSANTE PARA O SEU ESTILO DE VIDA, ESTE PASSA A BUSCAR MEIOS EFICAZES PARA LIDAR COM O EVENTO ESTRESSOR, SENDO QUE UMA DESTAS MANEIRAS SÃO AS ESTRAT�GIAS DE COPING, NO QUAL PODEM SER FOCADAS NO PROBLEMA OU COM �NFASE NA EMO��O.

DESSA FORMA, DIANTE DO QUE J� FOI EXPLANADO, O OBJETIVO PRIMORDIAL DESTE PRESENTE TRABALHO BASEOU-SE NA INVESTIGA��O A RESPEITO DAS ESTRAT�GIAS DE COPING UTILIZADAS PELOS ADOLESCENTES QUE SÃO V�TIMAS DE VIOL�NCIA, INDEPENDENTE DO SEU CUNHO. TAL TEMA MOSTROU-SE RELEVANTE DE SER ABORDADO COM MAIS PROPRIEDADE DEVIDO � POUCA EXPLORA��O DA TEM�TICA, UMA VEZ EM QUE POUCOS ESTUDOS PUDERAM SER ENCONTRADOS. DESTA FORMA, PRETENDE-SE CONTRIBUIR DE MODO SATISFATÓRIO PARA AS PESQUISAS POSTERIORES. AL�M DISSO, PROCUROU-SE REALIZAR UMA BREVE EXPLANA��O ACERCA DA VIOL�NCIA, NO QUAL CONFIGURA-SE UM S�RIO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA.

SENDO ASSIM, O TRABALHO FOI DESENVOLVIDO A PARTIR DE UMA REVISÃO SISTEM�TICA, NO QUAL OS SEGUINTES SITES CONSULTADOS FORAM: SCIELO (SCIENTIFIC ELETRONIC LIBRARY ONLINE), PEPSIC (PERIÓDICOS ELETR�NICOS DE PSICOLOGIA) E TEDE (SISTEMA DE PUBLICA��O ELETR�NICA DE TESES E DISSERTA��ES). EM SUA TOTALIDADE, FORAM UTILIZADOS SEIS ARTIGOS QUE SE MOSTRARAM SUFICIENTES E RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PRESENTE TRABALHO.

DESSA FORMA, COMO EXPLANADO ANTERIORMENTE, SABE-SE QUE A ADOLESC�NCIA � UM PER�ODO SIGNIFICATIVO E, POR VEZES DELICADO, NA VIDA DE QUALQUER INDIV�DUO, PODENDO, POR SI SÓ, DESENCADEAR SOFRIMENTO NO JOVEM. PORTANTO, QUANDO ESTE MOMENTO SE DESENROLA PARALELAMENTE COM A VIOL�NCIA, PODEM ACARRETAR S�RIAS E DEVASTADORAS CONSEQU�NCIAS NA VIDA DO ADOLESCENTE, INTERFERINDO SIGNIFICATIVAMENTE NO CURSO DE SEU DESENVOLVIMENTO. PODENDO, AINDA, PROPICIAR O APARECIMENTO DE UMA S�RIE DE DIST�RBIOS PSICOLÓGICOS, TAIS COMO ANSIEDADE, DEPRESS�O, ESTRESSE PÓS-TRAUM�TICO OU MESMO FAVORECER O ABUSO DE SUBST�NCIAS.

AL�M DISSO, PODE SER CONSTATADO NAS PESQUISAS REALIZADAS, A DIVERG�NCIA EXISTENTE ENTRE AS ESTRAT�GIAS DE COPING UTILIZADAS E O G�NERO DO ADOLESCENTE, DE MODO QUE NOTOU-SE QUE O SEXO FEMININO COSTUMA FAZER O USO DE ESTRAT�GIAS COM ENFOQUE NA EMO��O, COMO POR EXEMPLO BUSCAR POR APOIO SOCIAL NO MEIO EM QUE VIVE, E J� O SEXO MASCULINO TENDE A UTILIZAR AS ESTRAT�GIAS FOCADA NO PROBLEMA. PORTANTO, NO CONTEXTO DE VIOL�NCIA, � V�LIDO RESSALTAR �€ŒQUE OS ADOLESCENTES USARAM MAIS ESTRAT�GIAS DE COPING FOCADAS NA EMO��O PARA LIDAR COM AS CONSEQU�NCIAS DA EXPOSI��O � VIOL�NCIA�€ (AHMAD, ISHTIAQ & MUSTAFA, 2016; BRAUN-LEWENSOHN, SAGY & SAID, 2014. CITADO POR MOHN, 2016). PARA AL�M DO G�NERO, � DE SUMA RELEV�NCIA LEVAR EM CONSIDERA��O O CONTEXTO SOCIAL EM QUE TAL ADOLESCENTE ENCONTRA-SE INSERIDO, POIS ESTE FATOR EM MUITO INFLUENCIAR� AS ESTRAT�GIAS DE COPING QUE SER�O UTILIZADAS POR ELE. DEVE-SE, TAMB�M, ATENTAR-SE A OUTRAS QUEST�ES, TAIS COMO AS CONDI��ES PSICOLÓGICAS DA V�TIMA, O TIPO DE VIOL�NCIA AO QUAL O JOVEM FOI EXPOSTO, A INTENSIDADE E FREQU�NCIA DESTES ATOS VIOLENTOS.

POSTO ISTO, ESTE TEMA MOSTRA-SE EXTREMAMENTE RELEVANTE DE SER ESTUDADO POIS TEM-SE O CONHECIMENTO DO ACENTUADO CRESCIMENTO DAS PR�TICAS DE VIOL�NCIA CONTRA OS ADOLESCENTES E DAS SIGNIFICATIVAS REPERCUSS�ES QUE TAL PR�TICA � CAPAZ DE CAUSAR NA VIDA DESTES INDIV�DUOS QUE AINDA SE ENCONTRAM EM DESENVOLVIMENTO. SENDO ASSIM, AO COMPREENDER A FORMA COMO TAIS JOVENS LIDAM COM ESTAS SITUA��ES NEGATIVAS, TORNA-SE VI�VEL A ELABORA��O DE PROJETOS DE INTERVEN��ES MAIS EFICAZES, VISANDO, PRIMORDIALMENTE, PROTEGER ESSA POPULA��O QUE NECESSITA DE AUX�LIO.

REFER�ŠNCIAS

MOHN, L. N. PERCEP��O DE VIOL�NCIA E ENFRENTAMENTO DE ADOLESCENTES VITIMIZADOS. 2016. 82F. DISSERTA��O DE MESTRADO - PONTIFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOI�S, GOI�NIA, 2016.

SACRAMENTO, L. T. & REZENDE, M. M. VIOL�NCIAS: LEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS. ALETHEIA. CANOAS, 24, P. 95-104, JUL./DEZ. 2006.

 

 

 

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Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

PBIC - UniEVANGÉLICA