TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTES PORTADORES DE FEBRE AMARELA NA FORMA GRAVE: REVISÃO DE LITERATURA.
Palavras-chave:
Transplante hepático, Febre amarela, Transplantes.Resumo
INTRODUÇÃO: DOENÇA INFECCIOSA CAUSADA POR UM ARBOVÍRUS, A FEBRE AMARELA SE APRESENTA NA FORMA ASSINTOMÁTICA, MODERADA, GRAVE OU MALIGNA. A LETALIDADE DOS CASOS GRAVES NO BRASIL CHEGA A 60% E NA PATOGENIA, A INFECÇÃO DETERMINA VISCEROTROPISMO HEPÁTICO. AS LESÕES GRAVES SE LOCALIZAM NOS LÓBULOS HEPÁTICOS, HÁ NECROSE E REPLICAÇÃO VIRAL. O TRANSPLANTE HEPÁTICO É O ÚLTIMO RECURSO NA TENTATIVA DE RECUPERAR A HEPATITE FULMINANTE. O 1º TRANSPLANTE HEPÁTICO BEM-SUCEDIDO FOI REALIZADO RECENTEMENTE EM SÃO PAULO, UMA OPORTUNIDADE DE RECUPERAÇÃO À CASOS MAIS GRAVES DA DOENÇA. OBJETIVOS: ENTENDER O TRANSPLANTE HEPÁTICO COMO TERAPÊUTICA PARA A HEPATITE FULMINANTE CAUSADA PELO VÍRUS DA FEBRE AMARELA APÓS ANÁLISE DE RELATADOS. MÉTODOS: REVISÃO DE ESTUDOS NO PUBMED E NOTÍCIAS NACIONAIS NA FOLHA DE SÃO PAULO EM RELAÇÃO AOS TRANSPLANTES HEPÁTICOS REALIZADOS EM CASOS DE FEBRE AMARELA GRAVE. RESULTADOS: ANTES DA REALIZAÇÃO DO TRANSPLANTE HEPÁTICO PARA QUADROS CRÍTICOS DE FEBRE AMARELA, HAVIA DÚVIDA SE O PROCEDIMENTO SERIA EFETIVO, POIS O VÍRUS ATACA E SE ALOJA EM OUTROS ÓRGÃOS, MAS O TRANSPLANTE É ESSENCIAL PARA A RECUPERAÇÃO, APESAR DE NÃO RESOLUTIVO E É INDICADO PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA, BAIXOS NÍVEIS DE COAGULAÇÃO E DÉFICIT NEUROLÓGICO. COM UM FÍGADO NOVO, O PACIENTE SUPORTA A FASE DA VIREMIA E SOBREVIVE. NO 1º TRANSPLANTE REALIZADO NO BRASIL, HOUVE REPLICAÇÃO VIRAL ATÉ O 3º DIA, COM ESTABILIZAÇÃO E RESOLUÇÃO POSTERIOR. O PAÍS REALIZOU 4 TRANSPLANTES DE FÍGADO ESTE ANO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO (HCSP). ESTUDO DE 6 ANOS, MOSTRA QUE 53 TRANSPLANTES CONSECUTIVOS DE ÓRGÃOS FORAM INCLUÍDOS. A IDADE MEDIANA FOI DE 53 ANOS; 16 PACIENTES (30%) ERAM DO SEXO FEMININO; 44 (83%) NASCERAM EM ÁREA ENDÊMICA DE FEBRE AMARELA E PLANEJARAM VIAJAR PARA SEU PAÍS DE ORIGEM; 48 (90%) FORAM SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE ÓRGÃO ÚNICO, ONDE 18 REALIZARAM O TRANSPLANTE DE FÍGADO POR FEBRE AMARELA INDUZIDA POR VACINA. CONCLUSÕES: A REEMERGÊNCIA DA FEBRE AMARELA NO PAÍS PREOCUPA A SAÚDE PÚBLICA PARA DIAGNOSTICAR E TRATAR PRECOCEMENTE OS CASOS. POR TAL MOTIVO A TERAPÊUTICA DO TRANSPLANTE HEPÁTICO VEM SENDO PRATICADA E ATUALIZADA POR MEIO DE TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E CAPACITAÇÃO REALIZADA PELO HCSP. O MANEJO DOS PACIENTES COM SUSPEITA DE FEBRE AMARELA PASSOU A SER PROTOCOLADO, COM MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS DESDE A DEFINIÇÃO DA SUSPEITA ATÉ A ESCOLHA DE INTERNAÇÃO EM LEITO DE UTI COM A AVALIAÇÃO DE UM GRUPO ESPECIALIZADO EM TRANSPLANTE HEPÁTICO PARA HEPATITES FULMINANTES.