ESTUDO DE CASO A GESTANTE COM SÍFILIS E ACOMPANHAMENTO DE PUERICULTURA
Palavras-chave:
Transmissão Vertical; Doença Sexualmente Transmissível; Treponema pallidum; Pré-Natal; Puericultura.Resumo
RESUMO: A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica de notificação compulsória, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser transmitido pelo ato sexual, por transfusão sanguínea, contato direto com sangue contaminado ou por via placentária tido como transmissão vertical (de mãe para filho durante a gestação). A sífilis congênita é considerada um problema de saúde publica, mesmo sendo uma doença que se pode ser evitada por meio da assistência ao pré-natal, por meio de recursos disponíveis e informações adequadas. No entanto podemos notar que o pré-natal tardio esta sendo uma das causas de maior dificuldade encontradas pelo pelos profissionais de saúde para a detecção precoce da doença nas gestantes, assim dificultando a ação de controle da doença entre a população. A puericultura é o acompanhamento periódico do desenvolvimento e crescimento, vacinação, orientações às mães sobre aleitamento materno, higiene individual e ambiental, esperando reduzir a incidência de doenças com vista na intervenção efetiva e apropriada. Esse tema abordará uma realidade atual e complexa que nos deparamos frente à saúde primaria no município, de uma gestação não planejada a qual iniciou seu pré-natal no quinto mês de gestação, sendo solicitados exames incluindo o VDRL o qual é um exame realizado em todas as gestações, no qual foi detectada sífilis primaria, iniciando o tratamento imediatamente, no entanto seu parceiro se recusou a realizar o exame. O objetivo desse estudo foi analisar a qualidade da assistência prestada no pré-natal, parto, pós-parto e a adesão as consultas de puericultura mensalmente, visando um acompanhamento direto a família. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e explicativo realizada em campo (visita domiciliar) à paciente da ESF A. G do município de Goianésia – GO portadora de sífilis congênita. Durante a mineração de dados obtivemos a informação que foi uma gravidez não planejada, mantinha relação sem uso preservativo, fazia uso inadequado de pílula anticoncepcional, iniciou seu pré-natal na IG 18s4d e não mantém relação afetiva com o pai da criança, o qual se negou a realizar o exame VDRL prescrito pela medica da ESF. Segundo os profissionais de saúde todas as mulheres que realizam o teste pelo SUS e confirmam a infecção, iniciam o tratamento, porém a uma grande preocupação com em relação aos parceiros que não se aderem ao tratamento. Podemos evidenciar a importância de um acompanhamento de pré-natal sendo que muitos casos de sífilis são descobertos durante a realização dos exames específicos da gestação, observando a necessidade da equipe multiprofissional desenvolver um fluxograma de atendimento prestado aos pacientes diagnosticados com sífilis e traçar ações de busca ativa aos comunicantes.