ESTUDO DE CASO: MÃE APÓS ÓBITO DA CRIANÇA

Autores

  • Camila Sales da Silva Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Danielly Portes Cordeiro Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Eva Vivian Costa e Silva Rodrigues Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Samara Castro Teixeira Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Sérgio Sousa Nunes Faculdade Evangélica de Goianésia

Palavras-chave:

Estudo de caso, Neonatal., Óbito

Resumo

Introdução: A morte de um filho é uma das experiências mais dolorosas e devastadoras que uma mãe pode enfrentar. De acordo com Worden (1998), a morte de um filho, independentemente de sua idade, pode ser uma das perdas mais devastadoras da vida e seu impacto pode permanecer por anos sobre seus pais. O que faz com que eles, muitas vezes, não consigam ajudar a si mesmos, aos outros filhos e até mesmo de seguir suas vidas adiante. Embora a perda de um filho seja algo incompreensivo aos olhos de quem passa pela perda, a força do impacto dependerá de como cada mãe irá reagir. Para Worden (1998), as quatro tarefas básicas do luto são: I - aceitar a realidade da perda, II – elaborar a dor da perda, III - ajustar-se a um ambiente onde está faltando a pessoa que faleceu, IV – reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a vida. Material e Métodos: Realizou-se uma pesquisa qualitativa descritiva, desenvolvida na cidade de Goianésia GO - Brasil. Foi utilizado uma amostra, constituída por uma mãe com histórico de óbito familiar (filha). A investigação foi desenvolvida em três etapas: A primeira constituída pela elaboração de questionário específico à amostra, identificando: idade, histórico gestacional e pós-operatório, bem como a evolução ao óbito da criança. A segunda etapa foi realizada com a coleta de dados da mãe; e terceira e última etapa, pesquisas bibliográficas sobre os assuntos abordados na pesquisa. Objetivo geral: Compreender a superação da mãe, perante o óbito precoce de sua filha, buscando um olhar holístico e humanizado. Resultados e discussão:C. S. D. S, 22 anos, residente em Goianésia-Go. Protagonista de três gestações sem planejamento. A primeira e a segunda foram por parto vaginal (parto normal) e a última por cesárea. Segundo relatou a mãe, por ser muito jovem e por passar por dificuldades econômicas não pôde ter acompanhamento de pré-natal nas duas primeiras gestações, mas durante a  3ª gestação conseguiu fazer acompanhamento. Por isso, não conseguiu compreender o motivo de ter tido graves complicações nesta última gravidez, mesmo sendo acompanhada desde o início.

Ao completar cinco meses de gestação foi diagnosticada gravidez de risco, devido a criança em formação não ter conseguido ganhar peso e a gestante apresentar pequeno sangramento e edemas por todo o corpo. Aos sete meses, teve uma hemorragia séria, e ao intensificar-se a gestante precisou ser encaminhada com urgência para uma unidade de referência na cidade de Goiânia-Go. Por conta do período gestacional, precisou ser submetida a uma cesariana de emergência. A recém-nascida veio ao mundo com falta de oxigênio no cérebro e várias crises convulsivas, e a parturiente teve sérias complicações renais devido a quantidade de sangue perdida, por isso as duas precisaram ser encaminhadas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após 28 dias de internação as duas receberam alta médica, e a pequena guerreira (como a mãe costumava chamar a neonatal) se desenvolveu rapidamente, ganhando peso como era esperado. Porém, uma simples queda as separariam para sempre, pois, justamente, no dia em que completaria dez meses de vida a pequena guerreira caiu da cama em que dormia com a mãe. Fatalmente, teve traumatismo craniano, seguido de parada cardiorrespiratória, vindo a óbito.mMesmo abalada, ela demonstrou, muita fé e contou  que sua filha era  linda, e que desde de início da gravidez havia entregue sua pequena nas mãos de  Deus, e disse que ela sempre foi Dele, e que entendia que Deus havia a chamado para morar com ele nos ceus. Conclusão :Mesmo a morte sendo a única certeza que os seres humanos possuem, nunca nos sentimos preparados o suficiente para lidar com esse momento doloroso. Contudo, a fé de que existe um Deus que detém o poder da vida e da morte, nos possibilita passar por essa experiência traumática de forma mais aceitável. Por isso a Enfermagem se destaca enquanto profissão empática, que ao mesmo tempo em que se lida com a vida e a morte de forma sistematizada e holística, se coloca também no lugar do outro, compreendendo sua dor e auxiliando na sua aceitação. Pois a maneira de receber a notícia do óbito de quem se ama pode influenciar diretamente na superação da perda. E é exatamente neste momento em que o enfermeiro (a) exerce melhor seu papel, porque a morte de um filho, independentemente de sua idade, pode ser uma das perdas mais devastadoras da vida humana e seu impacto pode permanecer por anos sobre os pais (WORDEN, 1998). Neste estudo de caso, nota-se que a mão encontra-se em estado emocional estável, em processo de aceitação sobre a perda. Durante a entrevista demonstrou-se psicologicamente bem estruturada, mediante a força que coloca sobre sua fé em Deus. Mesmo com toda estabilidade demonstrada sobre a superação da perda, é necessário que se tenha acompanhamento psicológico, visto que os processos  do luto demandam tempo e várias fazes de aceitação.

Biografia do Autor

Camila Sales da Silva, Faculdade Evangélica de Goianésia

Acadêmica, Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil.

Danielly Portes Cordeiro, Faculdade Evangélica de Goianésia

Acadêmica, Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil.

Eva Vivian Costa e Silva Rodrigues, Faculdade Evangélica de Goianésia

Acadêmica, Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil.

Samara Castro Teixeira, Faculdade Evangélica de Goianésia

Acadêmica, Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil.

Sérgio Sousa Nunes, Faculdade Evangélica de Goianésia

Doutor (a), Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil.

Publicado

2023-11-27