EQUIPE DE SAÚDE E A PRESENÇA DO ACOMPANHANTE NO PROCESSO DE CURA INTEGRAL

Autores

  • Cindy Marina Teixeira Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Jéssyca Pereira e e Souza Faculdade Evangélica de Goianésia

Palavras-chave:

Enfermagem, Acompanhante, Equipe de Saúde

Resumo

Introdução: No Brasil, indivíduos menores de 18 anos, idosos (60 anos ou mais), parturientes, pessoas vivendo com deficiência ou com doenças incuráveis em estado avançado ou em estado final da vida, têm assegurado por lei a presença de um acompanhante durante a realização de consultas, exames e internação hospitalar, seja em instituição de saúde pública ou privada. O papel do acompanhante tem-se valorizado como facilitador no restabelecimento da saúde do indivíduo submetido à internação hospitalar, pois aquele proporciona o contato da pessoa com a sociedade, além de segurança, conforto e tranquilidade, mantem o vínculo afetivo do paciente, o auxilia na realização das suas atividades de vida diária e atua como fonte de informações sobre seu estado de saúde-doença. Porém, a presença do acompanhante ainda não é uma realidade em todas as instituições de saúde, sendo relevante a preparação da equipe de saúde para recebê-lo. Objetivo:  Investigar as implicações da presença do acompanhante em instituições de saúde frente à equipe de profissionais. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foi realizada uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores: enfermagem, acompanhante, humanização, relações e saúde, obtendo 17 estudos. Foram selecionados textos disponíveis na íntegra, publicados na língua portuguesa, nas bases de dados Medline, Scielo e BDEnf, entre os anos de 2014 a 2018, resultando em 5 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos foram selecionados 4 artigos para compor a presente pesquisa e os resultados foram obtidos a partir da leitura integral dos estudos e realização de uma síntese. Resultados e discussão: Evidencia-se a presença de relacionamentos interpessoais fragilizados entre os acompanhantes e os profissionais em instituições de saúde. Por um lado, os integrantes da equipe de enfermagem sofrem violência ocupacional, sendo a mais frequente, a agressão verbal, cometida pelo acompanhante e paciente, por situações como falta de profissionais das diferentes especialidades para atender às demandas do serviço. Em contrapartida, evidencia-se uma comunicação ineficaz entre os acompanhantes e a equipe de enfermagem, podendo estar associada ao dimensionamento insuficiente dos profissionais de enfermagem, sendo caracterizada pelo descumprimento do horário de entrada e saída de visita, a peregrinação dos acompanhantes, a falta de escuta, acolhimento e humanização e presença de frieza, rigidez e falta de atenção por parte dos profissionais de saúde. Porém, é ressaltada a importância do acompanhante para a melhoria da qualidade do serviço e da assistência, sendo imprescindível o incentivo ao acompanhamento e a implantação da prática de acolhimento, atendendo assim, tanto as necessidades do paciente quanto as recomendações preconizadas pelas políticas públicas de saúde. Conclusão: Diante esses dados, e considerando a singularidade do ser humano e que ele não é um ser isolado, faz-se necessário o cuidado da equipe de saúde frente às potencialidades e desafios gerados pela presença do familiar no acompanhamento, orientando, tirando dúvidas e dando oportunidade de expressar suas emoções, do mesmo modo que tal acompanhante colabore com as normas internas, na busca de estratégias que viabilizem o cuidado e leve à recuperação do cliente em todas as suas dimensões.

Biografia do Autor

Cindy Marina Teixeira, Faculdade Evangélica de Goianésia

Acadêmica, Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil. E-mail: cindyteixeira2011@hotmail.com

Jéssyca Pereira e e Souza, Faculdade Evangélica de Goianésia

Docente da Faculdade Evangélica de Goianésia, Faceg, Brasil. E-mail: jessyca_pereira06@hotmail.com

Publicado

2023-11-27