A INCIDÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE NAS REGIÕES DO BRASIL
Palavras-chave:
Esquistossomose, Saneamento Básico, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde, a esquistossomose é conhecida pelos brasileiros como “barriga d’água, xistosa ou doença do caramujo, é caracterizada na forma mais grave, com o aumento do fígado e do baço, chamada hepato-esplênica. No período de 2009 a 2019, segundo dados do SISPCE, o percentual nas áreas endêmicas é de 5,20% em 2009 e 3,22% em 2019. Neste período foram realizados em torno de 9.867.120 exames e detectados 423.117 casos, sendo um percentual de 4,29%. OBJETIVO: Analisar o nível de incidência de casos confirmados sobre esquistossomose no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, com base em dados consultados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), juntamente com as informações de Saúde (TABNET) na aba “Epidemiológica e Morbidades” seguindo “Doenças e Agravos de Notificação – 2007 em diante (SINAN) – Esquistossomose”. O estudo evidencia as regiões do Brasil, no período de 2013 a 2023, tendo em análise a doença esquistossomose causada pelo agente infeccioso Schistosoma mansoni. Abordaremos os municípios com maior incidência em cada região. RESULTADO/DISCUSSÃO: A pesquisa segundo o DATASUS – TABNET demonstrou que entre os anos de 2013 a 2023 foram notificados no Brasil 44.787 casos de esquistossomose, sendo 595 na região norte, 10.330 na região nordeste, 32.782 na região sudeste, 475 na região sul e 605 na região centro-oeste, tendo em vista que os maiores números de casos foi na região sudeste e nordeste do país. Na região Norte o município com mais caso é o de Rondônia equivalente a 394 casos notificados, no Nordeste é o município da Bahia com 4.652 casos, no Sudeste é o município de Minas Gerais com 24.083 casos, no Sul é o município do Paraná com 359 casos, no Centro-oeste é o município do Mato Grosso com 230 casos notificados. Uma das causas para o crescimento da doença é a migração de pessoas da região Nordeste portadoras da esquistossomose, que deslocaram para as demais regiões em busca de melhores condições de vida. Chegando lá, grande parte dessas populações se instalou em locais muito precários, inclusive sem saneamento básico, o que contribui ainda mais para a disseminação da doença. CONCLUSÃO: A partir dos resultados obtidos, observou que a esquistossomose tem como uma das suas principais causas de disseminação a instalação de pessoas em ambientes sem saneamento básico e em situações precárias. É imprescindível, portanto, que sejam realizadas ações na área de saúde com formação continuada dos profissionais, ações de educação e prevenção para os pacientes e seus familiares, a fim de reduzir os casos dessa doença.