DPOC EM GOIÁS: ENTRE A EXACERBAÇÃO E A ESCASSEZ DE UTIs - O PAPEL CRUCIAL DA ENFERMAGEM

Resumo

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), terceira causa de morte no mundo, configura um desafio de saúde pública em Goiás, com alta taxa de mortalidade e escassez de leitos de UTI. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre mortalidade por DPOC e disponibilidade de leitos de UTI em Goiás, destacando a enfermagem no cuidado. A metodologia utilizada constituiu em um estudo transversal retrospectivo (2019-2022), quantitativo, com análise de dados do DATASUS e Indicadores de Saúde de Goiás. Os resultados apontam que, entre 2019 e 2022, 6.672 mortes por DPOC foram registradas em Goiás. Apenas 24 dos 246 municípios possuem leitos de UTI disponíveis. Em conclusão, os resultados obtidos destacam a importância do papel do enfermeiro por meio das estratégias de enfermagem no cuidado de pacientes com DPOC. Nesse sentido, além da identificação dos sinais de descompensação que auxilia na prevenção e identificação precoce da DPOC, o treinamento e aperfeiçoamento de técnicas inalatórias, como o uso da oxigenoterapia (baixo fluxo, alto fluxo, ventilação não invasiva, oxigenoterapia hiperbárica), protagonizadas pelos enfermeiros, são cruciais no manejo de pacientes com a doença. Essas intervenções, além de trazerem uma significativa melhora no estado do paciente, também demonstram um impacto positivo nos níveis de estresse e nas hospitalizações dos afetados pela DPOC. Dependendo da condição clínica do paciente, da infraestrutura disponível e do suporte profissional adequado, essas técnicas podem ser administradas fora das unidades de terapia intensiva (UTIs), se tornando uma alternativa para lidar com a escassez de UTIs no estado de Goiás.