História ambiental dos imigrantes italianos e seus descendentes na região Vale do Taquari/RS

Autores

  • Janaíne Trombini
  • Luís Fernando da Silva Laroque

Palavras-chave:

história ambiental – descendentes de italianos – Vale do Taquari

Resumo

Os imigrantes italianos que chegaram a partir das últimas décadas do século XIX no Rio Grande do Sul e na região que atualmente denomina-se de Vale do Taquari são provenientes do norte da Itália e foram instalados na porção territorial situada na encosta superior do planalto, entre os vales do rio Caí e do rio das Antas. O Vale do Taquari, composta por 36 municípios, divididos em seis microrregiões e situada na porção centro-leste do Rio Grande do Sul, apresentando uma diversidade econômica e sociocultural, com áreas urbanizadas industriais e também pequenas propriedades rurais. Este trabalho insere-se na pesquisa realizada para o Curso de Mestrado e que está sendo continuada no Curso de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES, Lajeado, Rio Grande do Sul na Linha de Pesquisa Espaço e Problemas Socioambientais que estuda as interações entre sociedade e natureza, as ocupações humanas, implicações entre desenvolvimento, organizações produtivas e sociais, políticas públicas, saúde e ambiente, bem como sustentabilidade e práticas culturais. Insere-se também no projeto “Identidades Étnicas em espaços territoriais da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas: história, movimentações e desdobramentos socioambientais” que pesquisa a imigração de açorianos, alemães, italianos e seus descendentes. O objetivo deste trabalho é analisar a história ambiental dos imigrantes italianos e seus descendentes na região de colonização italiana no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Mais precisamente consiste em analisar as relações que os imigrantes italianos e seus descendentes estabeleceram e continuam a estabelecer com o ambiente, tanto no passado como na atualidade, em municípios, tais como Arvorezinha, Ilópolis, Doutor Ricardo, Putinga, Relvado, Encantado, Anta Gorda, Vespasiano Corrêa, Dois Lajeados, Progresso, Pouso Novo, Travesseiro e Marques de Souza. A metodologia da pesquisa será qualitativa e os procedimentos metodológicos consistem na revisão bibliográfica sobre a colonização e imigração italiana, pesquisa e análise de fontes documentais em arquivos do Rio Grande do Sul e do Vale do Taquari. Também realiza-se pesquisa de campo com entrevistas e elaboração de diários, entrevistas com base na metodologia da História Oral e registros fotográficos com famílias de produtores rurais descendentes de imigrantes italianos em municípios do Vale do Taquari sobre a temática em estudo. A pesquisa de campo e realização das entrevistas faz-se em três momentos: primeiro agenda-se uma saída de campo até a família do produtor rural descendente de italiano e aplica-se um questionário um roteiro de questões temáticas sobre as movimentações, as transformações no ambiente e dos aspectos culturais dos italianos e seus descendentes ao longo do processo histórico em áreas da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas.  No segundo momento da saída de campo grava-se a conversa utilizando o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e por último retorna-se a família na qual devolveu-se cópia gravada da entrevista e das fotografias registradas como forma de agradecimento e colaboração do estudo. As informações levantadas têm demonstrado que a história ambiental dos imigrantes italianos e seus descendentes desde a instalação no território acarretou maior ou menor impacto em suas relações com o ambiente, como modificações no mesmo em decorrência da derrubada e queima da mata, extinção de animais e da utilização de agrotóxicos.

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Publicado

2017-11-14

Edição

Seção

História Ambiental