Expansão do agrohidronegócio do pivô central no cerrado goiano e a ineficiência do poder público na gestão dos recursos hídricos

Autores

  • Renato Adriano Martins
  • Eduardo Vieira dos Santos

Palavras-chave:

Expansão, Pivô Central, Cerrado

Resumo

A partir da segunda metade do século XX, a agricultura brasileira passou por intensas e constantes transformações, especialmente no que se refere ao avanço tecnológico, o que culminou no uso de novas técnicas e no intenso uso dos recursos naturais. Não apenas o solo, mas também a água passa a ser apropriada e utilizada em prol do aumento da produção agrícola, principalmente, através de técnicas de irrigação. Não obstante, o avanço da agricultura moderna, através de um contínuo processo de mecanização, engendrou novas formas e técnicas de cultivos no Cerrado, como é o caso da irrigação por pivô central, com a implantação da primeira unidade no ano de 1982, vivenciou um aumento contínuo até os dias atuais. Todavia, o avanço geométrico dessa prática agrícola com demanda de grande quantidade de água, não foi acompanhado, na mesma proporção, por ações gestoras do poder público, propiciando grave crise hídrica nas bacias hidrográficas goianas. Tal fato gera preocupação no cenário de gestão dos recursos hídricos a nível nacional, pois o estado de Goiás é local de nascente de cursos de água de três grandes bacias hidrográficas, Tocantins/Araguaia, Paraná e São Francisco. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é evidenciar como ocorreu o avanço quantitativo e espacial do agrohidronegócio do pivô central no estado de Goiás e analisar se o órgão ambiental competente, no caso a SECIMA, estava/está preparado para gerir a crescente demanda por água e, consequentemente, promover a preservação dos recursos hídricos, através de emissões de outorga, licenciamento e fiscalização na implantação do pivô central. Para tal, utilizou-se das geotecnologias para demonstrar a evolução quantitativa e espacial da prática de irrigação por pivô central nos municípios goianos desde a implantação das primeiras unidades até os dias atuais e da Lei de Acesso a Informação para conhecer o quadro técnico da SECIMA, responsáveis pela gestão dos recursos hídricos em Goiás.

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Publicado

2017-11-13

Edição

Seção

Cerrado, Recursos Naturais e Bacia Hidrográfica