PROPAGAÇÃO SEXUADA DE BARU: EFEITO DE PLANTAS MATRIZES E MÉTODOS DE QUEBRA DE DORMÊNCIA

Autores

  • Ismael Borges Rodrigues
  • Diogo Jânio de Carvalho Matos
  • Luiz Gabriel Bernardes de Almeida
  • Victor Alves Ribeiro

Palavras-chave:

DIPTERYX ALATA VOGEL, ; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS, SEMENTE

Resumo

O baru é uma espécie nativa do cerrado, pertencente à família Fabaceae. Dentre as plantas nativas do cerrado têm posição de destaque, pois pode ser utilizada de várias formas. Possui madeira de elevada resistência, e a polpa e as sementes são comestíveis. O crescimento recente do consumo, sobretudo da amêndoa, gera uma necessidade de elevação da produção. Desta maneira o extrativismo não consegue suprir as demandas dos consumidores, além desta prática afetar de maneira negativa os recursos genéticos. Portanto, há necessidade de implantação de pomares em escala comercial, para isso é importante a utilização de técnicas para a produção de mudas de qualidade. No entanto essa espécie apresenta dormência por rigidez tegumentar, com elevado grau de impermeabilidade, sendo esta responsável pela baixa taxa de germinação das sementes. Dessa forma, objetiva-se com esse trabalho avaliar métodos para superar a dormência em sementes provenientes de matrizes de baru. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com três repetições. Os tratamentos foram delineados em esquema fatorial 4x3, sendo quatro matrizes e três métodos de superação de dormência (fruto, amêndoa e amêndoa com escarificação física). Treze dias após o plantio foi contabilizado diariamente o número de plântulas emergidas por parcela até os quarenta dias após o plantio, a partir dos dados coletados foram estimados a porcentagem de emergência de plântulas (E%) e o índice de velocidade de emergência (IVE). Os resultados obtidos demonstram que o efeito de matrizes não foi significativo para os caracteres avaliados, assim a origem da matriz não é um fator que afeta a taxa de emergência nem a velocidade de emergência das sementes. Para os métodos de superação da dormência houve diferença significativa para o caracteres avaliados. Dentre os métodos utilizados para propagação da espécie, a utilização da amêndoa obteve maior porcentagem de emergência de plântulas do que a utilização do fruto e da amêndoa escarificada, com médias 78%, 28% e 24%, respectivamente. Resultado semelhante foi observado para o índice de velocidade de emergência, com médias 7,15, 2,07 e 0,86 para os tratamentos amêndoa, amêndoa escarificada e fruto, respectivamente. Conclui-se que a utilização da amêndoa é o método mais eficiente para propagação do barueiro, e que a emergência de plântulas de baru não varia em função da utilização de sementes de matrizes diferentes.

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Publicado

2018-03-29