GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO MAPEAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DOS CONFLITOS DE USO DO SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS PATOS-GO E SUAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Autores

  • Gustavo Henrique Mendes Brito
  • Thayná Loritz Lopes Ferreira De Araujo
  • Letícia Caroline Lacerda Santos
  • Talytta Lorrany Godoi
  • Mylena Marques Dorneles
  • Mauricio Oliveira Barros

Resumo

Devido as ações antrópicas e uso desordenado dos recursos naturais, nosso planeta tem apresentado constantes mudanças nas paisagens devido as alterações no uso e ocupação do solo. Para reduzir, ou até mesmo cessar o uso irracional dos recursos naturais, foram criadas as áreas de preservação permanente (APPs), que por lei são cobertas por vegetação, sendo ela nativa ou projetada pelo homem. Entretanto, para manter estas áreas preservadas e utilizar de maneira racional os recursos naturais, faz-se necessário o constante monitoramento do uso e cobertura do solo, e para tal, tem-se utilizado imagens de satélite para obter informações espaço-temporais das modificações da paisagem. Deste modo, o presente trabalho foi desenvolvido na Bacia Hidrográfica do Rio dos Patos, por se tratar de uma região com facilidade de exploração dos recursos hídricos, tanto para o crescimento urbano, quanto para agricultura e pecuária. Foram utilizados dados da base cartográfica do Sistema Estadual de Geoinformação – SIEG e do projeto TerraClass para delimitar a bacia hidrográfica e os mapeamentos de uso do solo para os ano 2002 e 2013. Foram delimitadas as áreas de preservação permanente (APP) às margens dos cursos d’água e nascentes do rio dos Patos, Go, e identificado os conflitos de uso do solo nestas APPs, tendo como referência legal a Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 e a Resolução n. 303 do CONAMA de 20 de março de 2012. A partir do mapeamento de uso do solo foi possível estabelecer sete classes, agricultura, água, área urbana, pastagem, vegetação nativa, solo exposto e mineração. Sendo notável que do ano 2002 para 2013 houve diminuição de 13,21% em agricultura. Junto a esta queda veio tomando espaço a ascensão das áreas de pastagem com um crescimento de aproximadamente 10 mil ha. Contudo as áreas de vegetação nativa aumentaram seja pelo cumprimento da legislação ou mesmo a transformação de paisagens, queda de aptidão agrícola. Nas APPs foi identificado que 43% das áreas estão preservadas e 57% estão com uso antrópico. Deste total a classe de pastagens e agricultura são as mais predominantes dentro das áreas de preservação permanente.

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Publicado

2018-03-29