CISTO DENTÍGERO EM PRÉ-MOLAR IMPACTADO TRANSALVEOLAR NA MAXILA: RELATO DE CASO
Resumo
CISTO DENTÍGERO EM PRÉ-MOLAR IMPACTADO TRANSALVEOLAR NA MAXILA: RELATO DE CASO
Ana Beatriz Teodoro dos Anjos¹; Jessyka Magela Coelho¹; Natália Borges Rodrigues de Deus¹; Ludymilla de Lima Lopes²; Wilson José Mariano Júnior³; Mário Serra Ferreira³.
¹Discente do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA – Anápolis – GO – BR.
²Cirurgiã-dentista egressa da Universidade Federal de Goiás – UFG – Goiânia – BR.
³Mestre em Odontologia, Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA – Anápolis – GO – BR.
RESUMO
O Cisto Dentígero (CDT) é um cisto benigno de etiologia idiopática, proveniente do epitélio odontogênico da coroa de um dente incluso, sendo o segundo cisto odontogênico mais comum. Esta lesão é frequentemente encontrada quando há ausência clínica de determinado elemento dentário, após a época de erupção.
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente do sexo feminino, 13 anos, que foi encaminhada ao curso de Atualização em Cirurgia Bucal, Periodontal e Diagnóstico do Centro Universitário de Anápolis-UniEVANGÉLICA. Ao exame físico intrabucal, notou-se a ausência do dente 25, com abaulamento em região palatina. Por intermédio da radiografia panorâmica, foi observado a presença de um cisto dentígero associado ao dente em questão, o qual encontrava-se transalveolar. Através da tomográfia computadorizada, constatou-se uma lesão hipodensa de limites definidos na coroa do elemento 25. O tratamento elencado aconteceu a nível ambulatorial, com a exodontia, devido à localização transalveolar e enucleação da lesão. Posteriormente o espécime removido foi enviado para análise histopatológica, apresentando características compatíveis ao CDT. No pós-operatório a paciente apresentava-se com a ferida fechada, mucosa cicatrizada e corretamente acomodada, com ausência de sintomatologia dolorosa. É de suma importância que o cirurgião-dentista saiba diagnosticar corretamente os diversos tipos de lesões, estabelecendo, assim, o plano de tratamento mais adequado, com escopo de proporcionar um prognóstico mais favorável, bem como a preservação de estruturas anatômicas nobres.
PALAVRAS-CHAVE: Cistos odontogênicos; Cisto dentígero; Procedimentos cirúrgicos ambulatórios.
INTRODUÇÃO
O Cisto Dentígero (CDT) é um cisto benigno de etiologia idiopática, proveniente do epitélio odontogênico da coroa de um dente incluso (NEVILLE et al, 2004), sendo o segundo cisto odontogênico mais comum, depois dos cistos radiculares periapicais (VAZ, RODRIGUES & JUNIOR, 2010). Pode acometer qualquer dente não erupcionado, entretanto os dentes mais frequentemente acometidos são os terceiros molares inferiores, caninos superiores e pré-molares inferiores (CALIENTO, MANNARINO & VIEIRA, 2013). Clinicamente, estas lesões são, na maioria das vezes, de crescimento lento e assintomático, que ocorre principalmente nas três primeiras décadas de vida. No entanto, podem crescer consideravelmente e causar expansão da cortical óssea, deformação facial, impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes, parestesia e desconforto (CALIENTO, MANNARINO & VIEIRA, 2013). Radiograficamente, o cisto dentígero mostra tipicamente uma área radiolúcida unilocular que está associada à coroa de um dente incluso. Geralmente, apresenta margens bem definidas e frequentemente escleróticas. Todavia, quando ocorre com grandes dimensões pode passar a impressão de um processo multilocular devido à persistência das trabéculas ósseas dentro da lesão. O tratamento para cisto dentígero é a cuidadosa enucleação juntamente com a remoção do dente envolvido. Se a erupção do dente for considerada possível, então o dente pode ser preservado. Cistos com grandes dimensões podem ser considerados o tratamento por marsupialização a fim de promover a descompressão cística, resultando na redução no tamanho do defeito ósseo, viabilizando a excisão em um momento cirúrgico posterior, com dimensões menores. O prognóstico desse tipo de cisto é excelente na maioria dos casos e raramente apresentam recidivas (NEVILLE et al, 2004).
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de cisto dentígero em segundo pré-molar superior esquerdo.
DESENVOLVIMENTO
Paciente do sexo feminino, 13 anos, que foi encaminhada ao curso de Atualização em Cirurgia Bucal, Periodontal e Diagnóstico do Centro Universitário de Anápolis-UniEVANGÉLICA. Ao exame físico intrabucal, notou-se a ausência do dente 25, com abaulamento na região palatina. Por intermédio da radiografia panorâmica, observou-se a presença de um cisto dentígero associado ao dente em questão, o qual encontrava-se transalveolar. Através da tomográfia computadorizada, constatou-se uma lesão hipodensa de limites definidos envolvendo o centro da coroa do dente 25. O tratamento elencado aconteceu a nível ambulatorial, com a exodontia, devido à localização transalveolar e enucleação da lesão. Posteriormente o espécime removido foi enviado para análise anatomopatológica, apresentando características compatíveis ao CDT. No pós-operatório a paciente apresentou-se com a ferida fechada, mucosa cicatrizada e corretamente acomodada, com ausência de sintomatologia dolorosa.
CONCLUSÃO
É de suma importância que o cirurgião-dentista saiba diagnosticar corretamente os diversos tipos de alterações bucais, estabelecendo, assim, o plano de tratamento mais adequado, com escopo de proporcionar um prognóstico mais favorável, bem como a preservação de estruturas anatômicas nobres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia oral e maxilofacial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004.
CALIENTO, Rubens; MANNARINO, Francesco Salvatore; VIEIRA, Eduardo Hochuli. Cisto dentígero: modalidades de tratamento. Revista de Odontologia da UNESP, p. 458-462, 2013.
VAZ, Luiz Guilherme Matiazi; RODRIGUES, Moacyr Tadeu Vicente; FERREIRA JÚNIOR, Osny. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas e critérios para o plano de tratamento. RGO. Revista Gaúcha de Odontologia (Online), v. 58, n. 1, p. 127-130, 2010.