AVALIAÇÃO DO ACOLHIMENTO PARA ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DA CIDADE DE ANÁPOLIS
Resumo
AVALIAÇÃO DO ACOLHIMENTO PARA ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DA CIDADE DE ANÁPOLIS
AMANDA COIMBRA CÉSAR
MARIANA TEIXEIRA OLÍMPIO DE SOUZA
NÁDIA FRANCINI CHINVELSKI
NAUANYA MARQUES ROCHA
REGINA MOTA DE CARVALHO
RESUMO SIMPLES
O transtorno do espectro autista (TEA) é definido como uma patologia precoce da primeira infância, que caracteriza-se por um isolamento extremo do indivíduo, presente desde o nascimento mas que se manifesta a partir dos trinta meses de idade, tornando-o incapaz de estabelecer relações interpessoais comuns com as pessoas e situações. Nota-se deficiência nas respostas aos estímulos visuais, auditivos, fala ausente ou deficiente, e alteração de comportamento social e emocional, assim como déficit cognitivo. O objetivo deste estudo observacional, transversal, quantitativo foi Identificar as características relacionadas ao acesso dos pacientes autistas matriculados na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Anápolis – Goiás, ao tratamento odontológico na rede pública de saúde. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário semi-estruturado, aplicado aos pais/responsáveis por esses pacientes. Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que muitos pais tiveram dificuldades no acesso/ acolhimento do filho para realização do tratamento odontológico na rede pública de saúde. Pôde-se concluir que existe uma grande necessidade de cirurgiões dentistas preparados para atender pacientes com transtorno do espectro autista, os quais necessitam de um atendimento muito mais humanizado. Número do parecer: 3.141.155 (APROVADO). C.A.E.E: 2 03010018.9.0000.5076.
Palavras chaves: Transtorno Autístico, Assistência Odontológica, Acesso aos Serviços de Saúde.
INTRODUÇÃO
O transtorno do espectro autista (TEA) é definido como uma patologia precoce da primeira infância, que se caracteriza por um isolamento extremo do indivíduo, presente desde o nascimento, mas que se manifesta a partir dos trinta meses de idade, tornando-o incapaz de estabelecer relações interpessoais comuns com as pessoas e situações. Notam-se deficiência nas respostas aos estímulos visuais, auditivos, fala ausente ou deficiente, e alteração de comportamento social e emocional, assim como déficit cognitivo. ¹AMARAL; CARVALHO; BEZERRA, 2016
O autismo na infância envolve alterações precoces nas áreas de socialização, comunicação e cognição. Os quadros resultantes são, em geral, severos e persistentes, com grandes variações individuais e que, frequentemente, exigem das famílias cuidados extensos e permanentes períodos de dedicação. ²GOMES et al., 2015.
Uma abordagem comportamental que pode ser feita durante atendimento odontológico de pacientes com autismo, deve levar em consideração técnicas que não utilizem fármacos, sendo mais indicados abordagens psicológicas efetivas de controle do comportamento, com um programa estruturado e apoio familiar contínuo. Várias visitas ao dentista devem ser feitas para que o autista se familiarize com o consultório odontológico, com o cirurgião dentista e os instrumentos utilizados, visando maior colaboração durante o tratamento. Colaboração esta, considerada de suma importância, pois, a perda da capacidade funcional e qualidade de vida trazem como consequência implicações importantes para a nutrição, comunicação, confiança em si mesmos e na sua participação e inclusão na sociedade. ³AMARAL et al., 2012.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo foi identificar as características relacionadas ao acesso dos pacientes autistas matriculados na APAE ao tratamento odontológico na rede pública de saúde da cidade de Anápolis – GO.
DESENVOLVIMENTO
Trata-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo,o qual foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário semi-estruturado, aplicado aos pais/responsáveis por esses pacientes. A pesquisa foi realizada na APAE da cidade de Anápolis – GO durante 5 dias consecutivos nos horários de funcionamento do local, onde foram obtidos um total de 69 questionários respondidos. Posteriormente, uma palestra educativa destinadas aos pais ou responsáveis e/ ou cuidadores será realizada, de forma a acrescentar informações pertinentes aos cuidados necessários de saúde bucal desses pacientes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que muitos pais tiveram dificuldades no acesso/ acolhimento do filho para realização do tratamento odontológico na rede pública de saúde.
Pôde-se concluir que existe uma grande necessidade de cirurgiões dentistas preparados para atender pacientes com transtorno do espectro autista, os quais necessitam de um atendimento muito mais humanizado.
REFERÊNCIAS
- AMARAL, L. D.; CARVALHO, T. F.; BEZERRA, A. C. B. Atenção bioética à vulnerabilidade dos autistas: A odontologia na estratégia da saúde da família. Revista Latinoamericana de Bioética. 2016;16(1):220-233.
- GOMES, P. T. M. et al. Autism in Brazil: a systematic review of family challenges and coping strategies. Jornal de Pediatria. 2015;91(2):111-121.
- AMARAL, C. O. F. et al. Paciente autista: métodos e estratégias de condicionamento e adaptação para o atendimento odontológico. Archives of Oral Research. 2012; 8(2):143-151.