A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

Autores

  • Noyha Bueno Unievangélica
  • Liliane Braga Monteiro dos Reis
  • Lila Louise Moreira Martins Franco
  • Leandro Brambilla Martorell

Palavras-chave:

Terapias Complementares., Política de Saúde. , Assistência à Saúde. , Assistência Integral à Saúde. , Prática profissional.

Resumo

Essa pesquisa teve como objetivo investigar a percepção dos profissionais de nível superior da estratégia saúde da família da cidade de Anápolis-GO quanto à utilização das Práticas Integrativas e Complementares como recurso terapêutico na saúde. Foi realizado um estudo transversal com médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas que atuam nas Unidades Básicas de Estratégia de Saúde da Família da cidade de Anápolis/GO. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários virtuais, enviados para os endereços eletrônicos dos participantes pela gestão da saúde municipal. O instrumento de coleta de dados foi um questionário autoaplicável, já utilizado na literatura por Reis et al, (2014), Souza et al. (2016) e Vasconcelos (2006), adaptado para esta pesquisa, composto por 18 questões, sendo 16 objetivas e duas questões abertas. Foram pesquisadas as características demográficas e relativas à atuação profissional dos participantes, o seu nível de conhecimento, atitudes e uso das práticas integrativas e complementares. Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva, utilizando-se o Microsoft Excel. A coleta de dados se deu entre 30 de novembro e 17 de dezembro de 2020. O levantamento dos dados ocorreu após o parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, tendo sido aprovado pelo Parecer Número: 4.230.097. Foram convidados a participar da pesquisa todos os profissionais de nível superior que atuavam nas 67 equipes de Estratégia de Saúde da Família. Participaram da pesquisa 31 profissionais (taxa de reposta de 15,4%). Contabilizando cinco médicos, três enfermeiros e 23 cirurgiões-dentistas, sendo 21 mulheres, 10 homens. De todos os profissionais 83,9% (n=26) concluíram a graduação em instituição privada e o restante em pública. Eram especialistas na área de saúde coletiva 51,6% (n=16) dos participantes. A maior parte dos profissionais afirmaram ser apenas servidores públicos (58,1, n=18) e os demais atuavam também na iniciativa privada. Ao questionar os participantes se em sua formação houve algum embasamento acerca das práticas integrativas e complementares (PIC), 54,8% (n=17) deles afirmaram que não teve, um a teve na graduação e os demais (41,9%, n=13) em algum curso na pós-graduação. Sobre a prescrição de PIC como forma de tratamento, 28 responderam e destes, 41,9% (n=13) confirmaram que prescreviam alguma PIC. Sobre o uso ou não das PICs, 58,1% (n=18) afirmaram que questionam seus pacientes se faziam uso de alguma PIC antes de alguma outra prescrição. Os achados do presente estudo sugerem a pré-disposição dos profissionais em fazer uso das PICs na sua prática clínica, no entanto, percebe-se a necessidade de capacitação, a partir da graduação, aos profissionais para a utilização correta e segura das Práticas Integrativas e Complementares.

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Publicado

2022-07-25

Edição

Seção

PBIC - UniEVANGÉLICA