AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE CÂNCER BUCAL
Palavras-chave:
Câncer Bucal, Profissional de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Cirurgião-dentista.Resumo
Objetivo: Analisar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas das Unidades de Saúde da Família de Anápolis-GO, a respeito do câncer bucal. Métodos: Estudo quantitativo com cirurgiões-dentistas das equipes de saúde da família do município de Anápolis-GO. A coleta de dados ocorreu por meio do aplicativo Google Forms. Foram coletados dados sobre o perfil demográfico, conhecimento sobre prevenção, diagnóstico e tratamento e atitudes e práticas frente ao tema. Os dados foram coletados entre 11/2020 e 02/2021, tabulados e analisados por meio de estatística descritiva, utilizando-se o programa IBM SPSS 22,0. Parecer CEP UniEVANGÉLICA número 3.848.550. Resultados: Taxa de resposta de 23,9% (N=16), com 68,8% do sexo feminino, idade média de 37,5 anos (DP=14,4), tempo médio de graduação de 14,6 anos (DP=9,6). Sobre o nível de conhecimento do câncer bucal 18,8% (n=3) consideraram regular e os demais entre bom e ótimo. Quanto a epidemiologia do câncer de boca, 87,5% (n=14) declarou ser mais prevalente no sexo masculino enquanto os demais afirmaram não haver diferença entre os gêneros. Sobre a faixa etária em que a prevalência é maior 81,3 % (n=13) afirmou ser acima de 40 anos e os demais declaram que não saber responder (n=2) ou afirmaram ser até os 40 anos (n=1) e 50% respondeu que o carcinoma de células escamosas é a neoplasia mais prevalente na boca. Um profissional respondeu não saber sobre as características clínicas mais prevalentes compatíveis com a hipótese de câncer de boca e 87,5% (n=14) declarou se sentir capacitado para realizar uma biópsia. Grande parte dos participantes 93,8% (n=15) expressou a vontade de participar de algum curso de atualização sobre o tema. Conclusões: Considerando que o câncer de boca deve ser de domínio do cirurgião-dentista que atua na atenção básica, os achados do presente estudo sugerem que intervenções educacionais e de treinamento são necessárias para melhorar as medidas preventivas que podem levar à redução da mortalidade e morbidade por câncer bucal.