SOFRIMENTO PSÍQUICO EM ESTUDANTES: PREVALÊNCIA DA IDEAÇÃO SUICIDA EM ACADÊMICOS DE MEDICINA NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL
Palavras-chave:
Ideação Suicida, Saúde Mental, Educação MédicaResumo
Introdução: Os acadêmicos de medicina são uma das principais populações em risco para o comportamento suicida, quando comparados com acadêmicos de outros cursos e com a população em geral. As escolas médicas são conhecidas por serem ambientes altamente estressantes, contribuindo para a redução na qualidade de vida psíquica e aumento da predisposição ao comportamento suicida entre os acadêmicos. Objetivo: Determinar a prevalência da ideação suicida entre os acadêmicos de medicina da região Centro-Oeste. Método: Estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa, através do preenchimento de um formulário on-line com dados socioeconômicos e com a Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI) e filtragem estatística dos dados obtidos. Resultados: 400 indivíduos responderam corretamente ao questionário. Destes, 39,5% (n=158) apresentaram ideação suicida conforme a escala BSI. Entre os que apresentaram ideação suicida, 15% já tentaram suicídio pelo menos uma vez, dos quais 7,75% indicaram desejo de morrer de forte a moderado. Encontrou-se associação estatísticas significante com as seguintes variantes demográficas, em escala decrescentes: desejo de trocar de curso, uso do tabaco e prática de atividade física. Conclusão: Os índices de ideação suicida e tentativa de suicídio entre os acadêmicos de medicina da região Centro-Oeste são maiores que os da população em geral para a mesma faixa etária, justificando atenção especial à saúde mental desses indivíduos e políticas acadêmicas de prevenção ao suicídio e ideação suicida.