AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBIÓTICA DO EXTRATO DE LÚPULO (Humulus lupulus) SOBRE Candida tropicalis e Candida parapsilosis
Resumo
O lúpulo é uma planta da família Cannabinaceae, consistindo em três espécies Humulus lupulus, H. japonicus e H. yunnanensis (SMALL, 1978; ROYLE, 1992), cujas inflorescências são amplamente usadas para preservar cervejas e são responsáveis pelo aroma e sabor característicos da bebida. Além disso já é amplamente utilizada como fitoterápico em medicina tradicional no tratamento da ansiedade, insônia, perda de peso e no controle de desconfortos menstruais. A atividade antimicrobiana do lúpulo é reconhecida desde 1888, e a maioria dos estudos envolvendo a capacidade antimicrobiana dos compostos presentes no lúpulo avaliam este papel sobre bactérias que prejudicam a produção da cerveja, sem grande foco em bactérias de interesse médico (TEUBER; SCHMALRECK, 1973; GERHÄUSER, 2005; BOCQUET; SAHPAZ; RIVIÈRE, 2018; NIONELLI et al., 2018). Para o tratamento de candidíase as principais classes de medicamentos utilizados são os azóis (triazóis), os poliênicos (anfotericina B), e as equinocadinas (anidulafungina) (DEMITTO e colab., 2012). Antifúngicos como cetoconazol, miconazol, fluconazol e itraconazol se sobressaem no tratamento da candidíase por possuírem alta atividade antifúngica. Porém estudos recentes mostram o aparecimento de cepas de C. albicans resistentes ao itraconazol (TAIRA; CHANG, 2011; PEDROSO; BARBOSA, 2009).