Revista ETHNE
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<p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;">O termo <em>ethne </em>é um termo do Grego Koiné que significa povos, etnias, grupos culturalmente definidos por uma história, língua e cosmologia particular. A ideia com a utilização dessa palavra é expressar o foco na interculturalidade, em estudos e pesquisas sobre a relação entre diferentes matrizes de conhecimento, a alteridade entre grupos, enfoques interdisciplinares com destaque na diferença de perspectivas entre os grupos pesquisados. </p> <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;">Esta publicação tem a finalidade de dar visibilidade a pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento que abordem saberes específicos de determinadas culturas ou grupos étnicos, enfocando a alteridade, o diálogo com outras formas de conhecimento e perspectivas de existência. </p> <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;">Grande Área: Ciências Humanas/Ciências Sociais/Antropologia </p> <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;">Público-alvo: estudantes, professores e pesquisadores interessados numa compreensão mais profunda dos contextos de interculturalidade. </p> <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;"><strong>Peridiocidade:</strong> Semestral </p> <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;"><strong>ISSN: </strong>2965-1417</p>pt-BR Revista ETHNE 2965-1417Editorial
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<p>Diante de todos os desafios enfrentados no mundo contemporâneo, as relações sociais em meio a diversidade sociocultural continuamente estarão na pauta da discussão científica. O desenvolvimento de pesquisas que focalizem contextos de interculturalidade pode abrir caminhos de mediações entre diferentes saberes, garantia de direitos, visibilidade de grupos e indivíduos com outras lógicas culturais. Nesse sentido, o fomento de espaços de discussão e formação acadêmica que suscitem tais questões podem ser instrumentos importantes para alcançar tal objetivo. Foi pensando nisso que em 2010 a Universidade Evangélica de Goiás criou a Pós-Graduação Lato Sensu em Antropologia Intercultural, oportunizando interessados com atuação em projetos no contexto amazônico, bem como em outras partes do Brasil e até o exterior que envolvem relações entre culturas. Estando o curso em sua sexta turma e já tendo formado mais de 100 especialistas na área, muitas pesquisas foram realizadas e apresentadas como Trabalho de Conclusão de Curso. Então veio a iniciativa de reunir alguns trabalhos nessa edição da revista, que nasce dentro desse movimento antropológico da referida instituição. Nesse sentido, foram selecionados oito artigos da terceira turma que ocorreu entre 2015 e 2016, estando evidentemente contextualizadas a este período, o que não impede sua relevância e atualização dos debates propostos.</p>Marcos Flavio Portela Veras
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2023-03-032023-03-031215Educação escolar indígena e o desafio da interculturalidade
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<p>O artigo apresenta uma revisão de literatura relacionando os grupos indígenas e a educação escolar. Tendo como premissa a reivindicação dos indígenas por escola em suas aldeias, mas sendo viabilizados por uma proposta pedagógica não indígena que não contempla a perspectiva intercultural que é um direito outorgado a eles. Admitindo que a história da educação escolar indígena por muito tempo foi marcada pela negação da identidade, violação de suas culturas e pelo extermínio etnolinguístico. A escola colonial contribuiu para a dizimação física, e em alguns casos, também cultural dos grupos indígenas. Esta postura se estendeu até 1988 com a Constituição Federal, que estabeleceu o reconhecimento de suas organizações sociais, de seus costumes, de suas línguas, crenças e tradições. E hoje após cinco séculos de contato e dominação, os indígenas decidiram apropriar-se do conhecimento dos não indígenas, mudando assim, a função da escola tornando-a um canal de acesso aos conhecimentos, e tecnologias do mundo moderno. Para isso, trabalho a diferenciação entre a educação indígena e educação escolar indígena. Depois apresento a educação escolar como um direito e posteriormente discuto a perspectiva intercultural como proposta, e por fim, trago uma reflexão a respeito da escola na aldeia.</p>Selma Azevedo Gonçalves de Leão
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2023-03-022023-03-0212624Antropologia, educação e interculturalidade no contexto amazônico
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<p>O presente artigo propõe uma discussão acerca do impacto da cultura na eficácia do processo de alfabetização e letramento em uma escola ribeirinha da região Amazônica. Aborda os elementos culturais dos povos ribeirinhos, no intuito de identificar os desafios no processo de ensino-aprendizagem para os povos de tradição oral, analisando os pontos de tensão no processo educacional proposto para essa realidade. Discute sobre o processo de alfabetizar letrando na realidade ribeirinha do Amazonas; as dificuldades enfrentadas quando não há interação entre as vivências e suas relações sociais com os conhecimentos sistemáticos e desfragmentados. Além do mais, propõe a necessidade de uma educação diferenciada, pautada na educação intercultural. Por fim, ressalta a necessidade da defesa de direitos, o respeito à diversidade e as relações de alteridade entre os povos nessa era da globalização.</p> <p> </p>Jussiana Vieira Dourado
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2023-03-022023-03-02122545Alteridade e seu caráter dialógico no processo de educação intercultural
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<p>No mundo há uma disputa intensa entre os diferentes grupos étnicos/religioso e uma busca intensa pela preservação e fortalecimento das identidades culturais. Os espaços pedagógicos tem sido fundamental na propagação e conservação dos valores culturais e das identidades, bem como, um local de disputa ideológica. O risco de polarização radical dos diversos universos culturais e ideológicos podem colocar em risco a boa convivência e a grande possibilidade de troca de saberes entre os diferentes grupos populacionais. Tal realidade não é diferente na região amazônica, com sua diversidade cultural e com a aproximação “constantes” com as culturas ocidentais. Nesse contexto de contatos culturais diversos, é que se estabelece o desafio ao processo ensino/aprendizado das escolas, nas comunidades tradicionais da região. Assim propomos que a educação intercultural seja marcada por valores afetivos da convivência dialógica e pela alteridade, na expectativa da construção de uma escola que garanta: um espaço seguro, de troca de conhecimentos, de boa convivência, e na expectativa de um mundo melhor. </p>Iraquitan Carvalho
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2023-03-022023-03-02124662Agentes de transformação
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<p class="Resumo"><span lang="PT" style="font-style: normal;">O presente artigo busca compreender a motivação do contato entre indígenas e não indígenas, os fatores de migração e processos de urbanização, assim como os motivos de permanência dos indigenas na cidade de Manaus. Desenvolve a ideia de contato como interesse de ambas as partes, indígenas e não indígenas, resultando em um processo de migração e urbanização. Segue-se buscando em bibliografias os fatores de atração, uma etnografia urbana das principais aglomerações na cidade de Manaus, assim como discute os principais problemas que resultam desta urbanização. Por fim, sugere uma leitura do motivo da permanencia desses indígenas na cidade diante as dificuldades enfrentadas. </span></p>Ademir Menezes
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2023-03-022023-03-02126386Migração e novas configurações identitárias em Manaus
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<p>O artigo se propõe a estudar a configuração identitária do refugiado haitiano em Manaus. Um dos pontos de partida foi identificá-los no sentido acadêmico da palavra. A pesquisa é importante para a academia, por que esta não visa apenas estudar este fenômeno dinâmico ocorrido entre grupos sociais, sem que utilize as informações e influencie outros setores – comércios, igrejas, indústrias, forças armadas e comunidades civis, organizações humanitárias etc. O método usado na produção deste trabalho foi pesquisa bibliográfica. O presente trabalho está dividido nas seguintes partes: primeira parte aborda o conceito de identidade social, suas definições e as diferenças que podem sofrer com a imigração ou fusão de grupos sociais, a segunda parte mostra as fronteiras e as dificuldades que os refugiados enfrentaram até chegar a Manaus e a terceira expõe os processos dinâmicos de novas configurações identitárias dos haitianos em Manaus. </p>Marcos Lima
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2023-03-022023-03-021286106Pluralismo religioso entre os ribeirinhos amazônicos
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<p style="text-align: justify; background: white;"><span style="color: black;">O artigo apresenta um estudo com enfoque na abordagem antropológica, que busca, nos contextos social e cultural, a integração que sinaliza o pluralismo religioso. Nesta perspectiva, escolhemos três comunidades ribeirinhas, localizadas no grande lago de Manacapuru, entre os rios Negro e Solimões, comunidades geridas pelo município de Caapiranga, no interior do Estado do Amazonas, Brasil. Desta forma, o estudo constitui uma investigação dos fatores culturais que compõem o pluralismo na religiosidade de um povo. O estudo passa pelos fenômenos históricos que nos fornecem uma visão panorâmica sobre a formação do campo religioso brasileiro, pontuando as características que influenciaram a religiosidade brasileira desde os tempos coloniais até os dias correntes. Em sequência, aborda as experiências da vida religiosa do Norte, que envolvem aspectos de suas crenças e práticas provindas de fontes religiosas ameríndias acrescidas do catolicismo popular como aspectos principais. Conta também com uma análise empírica de experiências vividas pelos autores no campo. Contudo, centralizamos, antes, os esforços a uma análise de aspectos religiosos à luz das contribuições dos antropólogos Marcel Mauss, Pierre Bourdieu e Clifford Geertz. </span></p>Raquel Celícia dos Santos SilvaMagno Gomes Borborema
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2023-03-022023-03-0212107122O aporte da antropologia do consumo e insustentabilidade sociambiental atual
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<p>O presente trabalho analisa as contribuições da antropologia do consumo para compreensão da insustentabilidade socioambiental atual, haja vista o número reduzido de pesquisas que abordam essa complexa relação no Brasil. A metodologia utilizada para o estudo foi uma pesquisa bibliográfica com elementos dialógicos e abordagem estritamente qualitativa. Assim, após a discussão das principais linhas interpretativas das temáticas desenvolvimento sustentável e antropologia do consumo, constatou-se a multiplicidade de interpretações e controvérsias em torno delas, evidenciando suas complexidades. O presente estudo também demonstrou o fato da antropologia do consumo ter se tornado um campo disciplinar essencial para compreensão da crise ambiental instaurada no planeta.</p>Donaria Queiroga de SousaEduardo de Figueiredo Magrin
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2023-03-022023-03-0212123140 Relações de poder no Brasil Colonial
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<p>O presente artigo apresenta aspectos históricos do periodo escravocrata, em que estrategias e taticas são distribuidas entre colonizadores e escravos, pela sobrevivencia da cultura, como tambem as relações de poder divididas em cultura dominante e cultura dominada, sendo assim apresenta a luta do negro pelo seu espaço, buscando identificar o descontentamento do negro com a égide do sistema colonial, aborda como sucedeu as primeiras fugas e a construção dos primeiros quilombos, dando enfase para o maior quilombo existido, Palmares, representante da maior força de resistencia a escravidão, verificar-se-á sua organização social pelo vieis de uma estrutura estruturada e estruturante usando dos meios brancos e negros para se constituir, este artigo ira propor o processo da configuração e reconfiguração das sociedades quilombolas em um ambiente intercultural em detrimento ao colonialismo, gerando uma nova e original sociedade, uma sociedade Afro-brasileira.</p>João Paulo Vargas
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2023-03-022023-03-0212141159