Funk e Gospel como construções acústicas do Atlântico Negro

Uma análise através dos corinhos de fogo

Autores

  • Artur Costa Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Gospel, Funk, Periferia, Censura, Corinhos de fogo

Resumo

O presente artigo discute aspectos do gospel a partir de relações com o funk carioca. Os diálogos presentes no texto objetivaram a ideia de uma raiz ou tradição inalcançável, levando em consideração, contudo, conexões entre grupos étnicos oriundos do que foi chamado por Gilroy (2002) de Atlântico Negro. Deste modo, observou-se que algumas questões que cruzam o gospel e o funk, por vezes são silenciadas por seus(suas) praticantes e/ou fomentadores(as). A fim de exemplificar esta discussão, foram apontados elementos da construção destas formações acústicas no Brasil e diferentes formas de censuras, com destaque para o cenário pentecostal de periferia. Ao mencionar as características socioacústicas de cada modelo musical e expor dois contextos de silenciamentos, através da lei 5.265 e de modelos de violências simbólicas, foco no caso de como os corinhos de fogo podem ser analisado sob esse viés, ora conectando-se com aspectos do funk, ora atacando ou se defendendo através de discursos que integram pautas morais cristãs.

 

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Publicado

2022-08-15 — Atualizado em 2022-08-15

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Artigos