ENZYME REPLACEMENT THERAPY IN FABRY DISEASE: A REVIEW OF THE LITERATURE

Autores

  • Paulo Andre Climaco Ruiz Faculdade Morgana Potrich - FAMP
  • Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis Faculdade Morgana Potrich - FAMP

Palavras-chave:

terapia de reposição enzimática, doença de fabry, deficiência de alfa-galactosidase a.

Resumo

Resumo: A doença de Fabry (DF) é um distúrbio de armazenamento causado pela deficiência na produção da enzima lisossômica alfa-galactosidase (α-GAL), resultando no acúmulo da globotriaosilceramida (GL-3) nos lisossomos de células endoteliais de alguns órgaos, acarretando diversos prejuízos para o indivíduo portador. Dessa forma, a terapia de reposição enzimática (TRE) entra como uma terapia específica que tem como base a incorporação de uma enzima do meio extracelular utilizando-a para seu metabolismo usual. Tem como objetivo analisar a eficácia da TRE na Doença de Fabry, assim como suas características e métodos. Trata-se de uma revisão de literatura, a partir de um levantamento bibliográfico de estudos publicados no Google acadêmico,  Scielo e PubMed sendo selecionados 5 artigos pertinentes ao tema. A DF é julgada como doença de depósito lissossômico, tratando-se de um erro inado do metabolismo dos glicoesfingolipídeos, sendo resultado de mutações na codificação da α-GAL. O tratamento, por sua vez, exige uma equipe multidiciplinar, em virtude de sua apresentação clínica multissistêmica. Na atualidade, duas diferentes formas de TRE estão disponíveis: a algasidase alfa, e a algasidase beta, sendo a primeira produzida por cultura de fibroblastos humanos e registrado a uma dose de 0,2 mg/kg quinzenal, e a segunda obtida por terapia recombinante de ovários de hamsters em dose de 1,0 mg/kg. No contexto geral, os estudos clínicos demonstraram a longo prazo um discreto, porém significativo efeito sobre o sistema cardiovascular e renal, levando em consideração a taxa de complicação, que são leves  e toleráveis na maioria dos casos, mais comuns relacionadas à infusão. Um estudo no qual avaliou o resultado da terapia por 10 anos com a algasidase alfa, foi mostrado que em 81% dos pacientes não houve nenhuma ocorrência clínica grave durante o intervalo de tratamento e 94% permanecem vivos no final do período de estudo. Além disso, constatou-se que, pacientes mais jovens e com menor comprometimento renal, se beneficiaram mais com a terapia. Já em pacientes com idade avançada e maior comprometimento renal apresentaram progressão da doença. Considerando os fatos analisados pode-se concluir que a TRE demonstra ser uma considerável forma de tratamento para a DF, devendo ser  instituída precocemente para que possa desfrutar de resultados mais benéficos. No entanto, ainda existem dúvidas sobre o seu melhor regime e limitações a serem resolvidas, como a limitada penetração tecidual e a incongruência da administração intravenosa quinzenal durante a vida, que definitifamente gerará novos campos otimistas de pesquisas futuramente.

 

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Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

GS_CIPEEX