A EXPANSÃO DA FRONTEIRA NO CAFÉ NO BRASIL E A CHEGADA NO CAFÉ NAS ÁREAS FLORESTADAS DO BRASIL CENTRAL
Palavras-chave:
café, expansão da fronteira agrícola, cerrado goianoResumo
O processo histórico de expansão da fronteira agrícola no Brasil foi marcado por drásticas perturbações no ambiente natural, com transformações profundas nas paisagens. O caso mais analisado pela historiografia ambiental brasileira foi sem dúvida a devastação da Mata Atlântica (CABRAL, 2014; DEAN, 1996; DRUMMOND, 1997; PÁDUA, 2004; NODARI, 2012). As razões do pioneirismo dos estudos relacional à Mata Atlântica são evidentes, considerando que este foi o lugar do encontro privilegiado entre o colonizador e o mundo natural no Brasil. Ao mesmo tempo em que esse tema se mostrou pioneiro para a historiografia brasileira, ele apresenta, também, as condições teórico-metodológicas fundamentais para os demais estudos relacionados à expansão da fronteira agrícola para outros ecossistemas brasileiros. Nosso interesse particular é entender as mudanças históricas nas paisagens em relação às áreas florestadas do Cerrado brasileiro.
Referências
BERTRAN, P. Uma Introdução à História econômica do Centro-Oeste do Brasil. Brasília: CODEPLAN, Goiás: UCG, 1988.
CABRAL, Diogo de Carvalho. Na presença da floresta: Mata Atlântica e história colonial. Rio de Janeiro: Garamond. 2014.
DEAN, Warren, 1996. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Ed. Companhia das Letras, São Paulo (Brasil)
DRUMMOND, Jose Augusto. A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 4, nº 8, 1991, p. 177-197.
DUTRA E SILVA, Sandro. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central. Ed. Mauad X, Rio de Janeiro (Brazil) 2017.
FAISSOL, Speridião. O “Mato Grosso de Goiás”. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Conselho Nacional de Geografia. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do Instituto de Geografia e Estatística, 1952.
JAMES, Preston. Trends in Brazilian Agricultural Development. Geographical Re-view, v. 3, n.43, 1953, p. 301-328.
KOHLHEPP, Gerd. Colonização agrária no Norte do Paraná: processos geoeconômicos de desenvolvimento de uma zona pioneira subtropical do Brasil sob a influência da plantação de café. Maringá: EDUEM, 2014.
MARTINS, A.L. A história do café. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2012.
MONBEIG, P. Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. 2. ed. São Paulo: Hucitec/Polis, 1998. 392 p.
NODARI, Eunice Sueli. “Mata Branca: o uso do machado, do fogo e da mo-tosserra na alteração da paisagem no Estado de Santa Catarina”. In História Ambiental e migrações. Org.: Eunice Sueli Nodari, João Klug. São Leopoldo: Oikos. 2012.
ORMOND, J.G.P; Paula, S.R.L; Faveret Fº, P. 1999 – Café: (Re)Conquista dos Mercados. Rio de Janeiro, BNEDES, BNDES Setorial, n.10, 3-56.
PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. Estud. av., 2010, vol.24, no.68, p.81-101. ISSN 0103-4014.
SANTINATO, R. et al. Competição de variedades comerciais de café de porte alto e baixo e resistentes ou não a ferrugem em condição de irrigação sob pivot central no oeste da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 28., Caxambu, 2002. Resumos... Caxambu: MAPA/Procafé, 2002. p. 467
WAIBEL, Leo. Uma viagem de reconhecimento ao sul de Goiás. Revista Brasileira de Geografia, v. 9, n. 3, 1947, p. 313-342.