AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR AMEBAS DE VIDA LIVRE (AVL) E SUA RELAÇÃO COM INFECÇÕES ASSOCIADAS À ASSISTÊNCIA A SAÚDE (IRAS)

Autores

  • Fabiana Maria Ozório da Silva Faculdade Evangélica de Ceres
  • César Gomez-Hernandez Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Karine Rezende de Oliveira Instituto de Ciências Extas e Naturais da Universidade de Uberlândia
  • Poliana Lucena Nunes Faculdade Evangélica de Ceres

Palavras-chave:

amebas de vida livre (AVL), hospital, água, biofilmes, poeira

Resumo

As Amebas de Vida Livre (AVL) são um grupo de protozoários unicelulares, anfizóicos e ubiquitários que se apresentam em variadas fontes ambientais, tais como: ar, solo, água, poeira, ambientes hospitalares e aparelhos de ar condicionado entre outros, podendo sobreviver e se replicar no meio ambiente sem um hospedeiro. As AVL podem causar infecções oportunistas e não oportunistas, em humanos e outros animais, sendo estas moderadas, graves ou fatais (RIZO-LIENDO et al., 2019;FONSECA et al., 2020;WOPEREIS et al., 2020).

Além de possuírem a capacidade de ampla dispersão, resistência ambiental e potencial patogênico associado a elevados índices de morbimortalidade, as AVL também desempenham uma função carreadora ao atuarem como veículo de bactérias, fungos, algas, cianobactérias e protozoários menores (PUSHKAREVA et al., 2019; REYES-BATLLE et al., 2019; GOMES et al., 2020; LATIFI et al., 2020).

Assim, considerando-se as características ambientais e de endossimbiotismo verificado entre as AVL e diversos patógenos associados a IRAS percebeu-se a necessidade de investigação desses microrganismos em diferentes locais, especialmente naqueles com assistência em saúde. Uma vez que o perfil de seus usuários geralmente se relaciona à imunodeficiência, o contato com as AVL pode favorecer a ocorrência direta de infecção pela ameba e/ou indireta por MRA, e determinar uma provável piora do estado de saúde dos atingidos. Com isso, a realização deste estudo permitiu avaliar a correlação entre a contaminação ambiental de um hospital do município de Ceres-GO por AVL e MRA associados a IRAS.

Referências

FONSECA, J. D. G. et al. Identification of T3 and T4 Genotypes of Acanthamoeba sp. in Dust Samples Isolatedfrom Air ConditioningEquipment of Public Hospital of Ituiutaba-MG. Currentmicrobiology, v. 77, n. 5, p. 890-895, 2020.

GOMES, T. S. et al. Presenceandinteraction of free-living amoebaeandamoeba-resistingbacteria in waterfromdrinkingwatertreatmentplants. The Science of the total environment, v. 719, p. 137080, 2020.

LATIFI, A. et al. Isolationandidentification of free-living amoebafromthe hot springsandbeaches of theCaspianSea. Parasite epidemiologyandcontrol, v. 10, p. e00151, 2020.

PUSHKAREVA, V. I. et al. Experimental Listeria-Tetrahymena-Amoeba food chainfunctioningdependsonbacterialvirulencetraits. BMC ecology, v. 19, n. 1, p.47, 2019.

REYES-BATLLE, M. et al. Isolationand molecular identification of free-living amoebaefromdishcloths in Tenerife, CanaryIslands, Spain. Parasitologyresearch, v. 118, n. 3, p. 927-933, 2019.

RIZO-LIENDO, A. et al. In Vitro Activity of StatinsagainstNaegleria fowleri.Pathogens, v. 8, n. 3, p. 122, 2019.

WOPEREIS, D. B. et al. Free-living amoebaeandtheirrelationshiptoairquality in hospital environments: characterization of Acanthamoeba spp. obtainedfromair-conditioning systems. Parasitology, v. 174, n. 7, p. 782-790, 2020.

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Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

ICEX_CIPEEX