TAXA DE MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

  • Pedro Henrique Pereira da Silva Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Desiree Mata de Sousa Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Adryane Santos Araújo Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Ana Claudia Maia Mendonça da Costa
  • Lara Gomes Nery Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

mortalidade materna, covid 19, gravidez, síndrome respiratória aguda grave

Resumo

A COVID-19 é uma doença respiratória provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que em casos graves evoluem para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tendo um impacto considerável na morbimortalidade da população e de grupos específicos. A gravidez é uma condição de mudanças fisiológicas nas mulheres, que tendem a ter piores prognósticos em infecções respiratórias. A maior parte das mortes maternas ocorridas no Brasil são por circunstâncias que poderiam ser evitadas em caso de acompanhamento gestacional adequado. Sendo assim, esta revisão tem como objetivo analisar a mortalidade materna em tempos de COVID-19 e demais fatores e influências relacionadas a causa, assim como os impactos gerados. O estudo em questão trata-se de uma revisão integrativa de literatura, fundamentada em acervos das bases de dados PubMed, Scielo, BVS e Google Acadêmico, utilizando os descritores DeCs “Mortalidade Materna”, “COVID 19”, “Gravidez” e “Síndrome Respiratória Aguda Grave”. No Brasil, os dados em relação a óbitos maternos são alarmantes. Estudos recentes mostram que aproximadamente 8 em cada 10 grávidas e puérperas vítimas do novo Coronavírus no mundo são brasileiras. O alto número de gestantes e puérperas que passaram por internação no Brasil devido ao COVID 19, sobrepõem em muito os números encontrados na epidemiologia global. Os dados observados demonstram que, das grávidas e puérperas positivadas para COVID-19, 64% vão a óbito, podendo ter taxas ainda maiores que muitas vezes não estão evidentes devido a subnotificação, falsos negativos e dificuldades para realização dos exames. Constata-se com esta revisão o cenário desfavorável às gestantes brasileiras no período pandêmico que convergiu com uma alta taxa de mortalidade materna em comparação com períodos anteriores. Logo, faz-se necessário o contínuo esforço de instituições, docentes e comunidade científica para o fomento e incentivo da elaboração de projetos na área.

Referências

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Orientações para o serviço de saúde: Medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos suspeitos e confirmados de infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2). Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Brasília, 2020.

ALVES R.P., et al. Mortalidade materna em tempos de pandemia de COVID-19: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v.11, n. 4, 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Manual de recomendações para a assistência à gestante e puérpera frente à pandemia de Covid-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

ALMEIDA J.P., et al. Internações por SRAG e óbitos por COVID-19 em gestantes brasileiras: uma análise da triste realidade. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n.3, p. 13446-13460, 2021.

SOUZA, A.S.R.; AMORIM, M.M.R. Mortalidade materna pela COVID-19 no Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materna Infantil, v. 21, n. 1, p. 5257-5261, 2021.

VALONGUEIRO, S. Brasil: Morte materna em contexto de Covid-19. Sexuality Policy Watch, 2021.

FEBRASGO - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRICIA. Protocolo de atendimento no parto, puerpério e abortamento durante a pandemia da Covid-19. Rio de Janeiro, 2020.

Downloads

Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

ICEX_CIPEEX