AS DENÚNCIAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA DO SARS-COV-2

Autores

  • Adryane Santos Araújo Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Desirée Mata de Sousa Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Lara Gomes Nery Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Ana Cláudia Maia Mendonça da Costa Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Pedro Henrique Pereira da Silva Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Helen de Lima Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

violência contra a Mulher, violência Doméstica, pandemia, saúde da mulher

Resumo

A violência doméstica e familiar contra a mulher é um fenômeno prevalente em todo o mundo e visto como grande problema de saúde pública. Essa questão foi agravada durante a pandemia da COVID-19, devido ao isolamento social. Portanto o objetivo desse trabalho foi conhecer a ocorrência de denúncias da violência doméstica e familiar contra a mulher durante a pandemia do SARS-COV-2, em 2020 e 2021, no estado de Goiás. Trata-se de um estudo ecológico, epidemiológico, retrospectivo e de abordagem qualitativa. Sendo coletados os dados de denúncias reportadas a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos através dos canais “Ligue 180” e “Disque 100”. Os resultados encontrados evidenciaram uma média de 557 denúncias por mês no ano de 2020 e 480 denúncias por mês no ano de 2021, sendo que haviam diferenças estatísticas significantes entre os dois anos. O perfil das vítimas nos dois anos foi similar, composto por mulheres na idade adulta reprodutiva, de etnia parda, ensino fundamental incompleto e renda de até um salário mínimo. Em relação ao suspeito, a grande maioria dos agressores foram do sexo masculino em ambos os anos e possuíam relação próxima com a vítima, sendo os três principais filho (a), mãe ou pai e marido ou esposa. Pode-se inferir que durante a pandemia da COVID-19, ocorreu uma intensificação nas denúncias de violações contra mulheres. O perfil de mulheres presente nas denúncias foi de mulheres adultas, com ensino fundamental incompleto, renda de até 1 salário-mínimo e cor da pele declarada como parda. Paralelamente o perfil do suspeito de agressão observado foi de pessoa do sexo masculino pertencentes ao ciclo social próximo da vítima, principalmente residentes da mesma casa.

Referências

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Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

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