ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE LESÕES OSTEOMIOARTICUARES EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO NA CIDADE DE ANÁPOLIS, GOIÁS
Palavras-chave:
lesões, osteomioarticulares, lesões osteomioarticularesResumo
Desde as últimas décadas, com a popularização do padrão de beleza, o treinamento físico tem recebido grande atenção do público. Tanto por apelos midiáticos, relacionados a padrões de beleza e estética, quanto aspiração por melhorias em saúde e bem-estar, ou até mesmo pelo anseio ao aspecto competitivo do esporte, atraindo assim muitos praticantes de musculação.
Portanto, a literatura, baseada na fisiologia, psicofísica, biomecânica e epidemiologia, aponta os riscos da prática desse esporte, mas também aponta a importância de alguns exercícios que envolvem levantamento de peso durante o treinamento.
Na musculação, dentre os fatores de risco relatados que predispõe uma maior incidência de lesão osteomioarticular, estão os exercícios executados de forma errada ou pela falta de técnica, pesos excessivos, a não prática de aquecimento e alongamentos antes dos treinos e a ausência de um acompanhamento adequado de professores durante o treino (SOUZA; MOREIRA; CAMPOS, 2015; OLIVEIRA et al., 2017; RECALDE; SILVA, 2019; BERETTA et al., 2020). Segundo Castro et al. (2015), as academias que possuíam suporte de fisioterapia e uma assistência mais adequada do profissional, estimulando a técnica correta dos exercícios, possuíam taxas menores de lesão.
Assim, frente a essa dualidade declarada entre fatores de melhora e de malignidade, o objetivo do presente estudo, é investigar a incidência de lesões osteomioarticulares na musculação, por meio da análise de risco para a lesão, tempo de prática, ausência de profissional auxiliar, gênero sexual, índice de massa corporal (IMC), faixa etária e lesões prévias em ambos tipos de treinamento, para assim, entender a condição limítrofe que separa saúde do prejuízo físico.
Referências
AUNE, K. T.; POWERS, J. M. Injuries in an Extreme Conditioning Program. Sports Health, v. 9, n. 1, p. 52-58, 2017.
CASTRO, A. A. M., et al. Percepção de lesões musculares em praticantes de musculação em academias com e sem supervisão de fisioterapeuta: uma análise custo-efetividade. Life Style, v. 2, n. 1, p. 11 - 22, 2015.
COSTA, T. S., et al. Crossfit®: Injury prevalence and main risk factors. Clinics, v. 74, p.1402, 2019.
ELKIN, J. L., et al. Likelihood of injury and medical care between Crossfit and traditional weightlifting participants. Orthopaedic Journal of Sports Medicine, v. 7, n. 5, p. 2325967119843348, 2019.
FEITO, Y.; BURROWS, EK.; TABB, LP. A 4-year analysis of the incidence of injuries among Crossfit-trained participants. Orthopaedic journal of sports medicine, v. 6, n. 10, p. 2325967118803100, 2018.
FERREIRA, C. A., et al. Prevalência e fatores associados a lesões em corredores amadores de rua do município de Belo Horizonte, MG. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.18, n. 4, p. 252 - 255, 2012.
GLASSMAN, G. Understanding Crossfit. The Crossfit Journal, V.56, P.1-2, 2007.
GUIMARÃES, T., et al. Crossfit, musculação e corrida: vício, lesões e vulnerabilidade imunológica. Revista Educação Física, v. 86, n. 1, p. 8-17, 2017.
HAK, P T; HODZOVIC, E; HICKEY, B. The nature and prevalence of injury during Crossfit training. Journal of Strength e Conditioning Research, 2013.
HEINRICH, KM. et al. High-intensity compared to moderate-intensity training for exercise initiation, enjoyment, adherence, and intentions: an intervention study. BMC Public Health, v.14, n.1, p.1-6, 2014.
LOPES, R.H.F., et al. Análise do perfil e prevalência de lesão musculoesquelética em praticantes de Crossfit. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v.17, n.48, p.198-209, 2020.
MARTINS, L; SANTOS, K; SPERANDIO, R. Perfil epidemiológico de lesões muscoesqueléticas ocasionadas pela prática de Crossfit. Revista Multidisciplinar da Saúde (RMS), v. 3, n. 01, p. 27-37, 2021.
MEHRAB, M., et al. Injury incidence and patterns among Dutch Crossfit athletes. Orthopaedic journal of sports medicine, v. 5, n. 12, p. 23, 2017.
OLIVEIRA, F. B., et al. Análise de lesões musculoesqueléticas em praticantes de musculação e corrida (Analisis de lesión musculoesquelética em practicantes de musculación y de las carreras) (Analysis of musculoskeletal injuries in practitioners of weight training and racing). RETOS, v. 34, n. 1, p. 142 - 145, 2017.
SPREY, J. W. C., et al. An Epidemiological Profile of Crossfit Athletes in Brazil. Orthop J Sports Med, v. 4, n. 8, p. 1-12, 2016.
SUGIMOTO, D. et al. Comparison of Crossfit-Related Injury Presenting to Sports Medicine Clinic by Sex and Age. Clin J Sport Med, v. 30, n. 3, p. 251-256, 2020.
WEISENTHAL, B. M., et al. Injury rate and patterns among Crossfit athletes. Orthopaedic journal of sports medicine, v. 2, n. 4, p. 2325967114531177, 2014.
WINDT, J; GABBET, T J. How do training and competition workloads relateto injury? The workload—injury aetiology model. British Journal of Sports Medicine, v. 51, p. 428-435, 2017.