A INFLUÊNCIA DA HUMANIZAÇÃO DO DOCENTE NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E NA FORMAÇÃO ACADÊMICA

Autores

  • Ana Lara Menezes de Sousa Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Nathália Brandão de Bessa Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA
  • Higor Chagas Cardoso Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

humanização da assistência, escolas de medicina, docentes de medicina

Resumo

A medicina moderna evoluiu e convergiu para um ponto tecnicista em que se faz necessária reavaliação do ser e agir médico. A discussão sobre o processo de humanização da prática médica tem estado presente há vários anos em consequência de críticas ao que diz respeito à eficácia do modelo biomédico (FERTONANI et al. 2015).  Estas contestações possibilitaram a iniciativa para reforma do sistema de saúde em inúmeros países com mudanças na matriz curricular acadêmica, desenvolvimento de políticas e diretrizes de humanização visando uma melhora no atendimento e formação de profissionais (MORAES; COSTA, 2016).  Humanizar, por definição, seria tornar-se humano, mas ao contextualizar para a dinâmica da saúde entende-se como a valorização de todos os envolvidos no processo de garantir saúde (BINZ, MENEZES FILHO, SAUPE, 2010).  A revitalização no Sistema de Saúde tornou essencial que houvesse modificações nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Curso de Medicina (PEREIRA; STADLER; UCHIMURA, 2018).  O docente se encontra no centro da reorientação do ensino médico por possibilitar a transformação por meio da ampliação de perspectivas e ser uma referência para aqueles aos quais leciona (FERREIRA; SOUZA, 2016).

Referências

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Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

ICEX_CIPEEX