ASPECTOS HEMATOLÓGICOS EM PACIENTES COM O VÍRUS DA COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

A pandemia da COVID-19, provocou no planeta uma crise sanitária, sendo essa causada por uma doença viral altamente contagiosa, identificada pela primeira vez na China em 2019, a qual deixou, e ainda tem deixado, muitas mortes em todo o mundo, sendo o vírus causador dessa doença, denominado novo coronavírus, é uma variação do vírus SARS-CoV-2 (SOUZA et al., 2021). A doença provocada pelo coronavírus, a COVID-19, manifesta-se, tipicamente, como uma infecção de trato respiratório, podendo atingir diversos órgãos e sistemas do corpo, inclusive o hematopoiético. O curso da doença da COVID-19 pode se dar com instalação de infecções graves, que vão causar uma resposta inflamatória maior que o normal, podendo resultar em alterações hematológicas, dentre elas a hipercoagulabilidade que pode se apresentar como parte da coagulação intravascular disseminada (CIVD), acidentes tromboembólicos e a síndrome de ativação macrofágica (FLEURY, 2020); (NICOLAU, 2020). Na avaliação do estado geral de um paciente acometido pelo vírus da COVID19, os resultados dos exames hematológicos são essenciais no conhecimento dos níveis imunológicos do paciente, o que interfere diretamente no curso da doença. Seus resultados podem ser usados como marcador prognóstico e também para tratamento e acompanhamento da evolução do paciente (GIL et al., 2020). Assim, percebe-se que os achados hematológicos são importantes desde o início da doença, avaliando se o tratamento está sendo eficaz, apesar de ainda não existir tratamento especifico, bem como se há necessidade de medidas de emergência. Por isso, discutir CIPEEX – Congresso Internacional de Pesquisa, Ensino e Extensão v.3 (2022) - ISSN: 2596-1578 2 os aspectos que envolvem a hematologia na COVID-19 é de extrema relevância e importância (GIL et al., 2020). De forma geral, as alterações hematológicas mais comumente encontradas na COVID-19, são linfopenia, leucopenia, neutropenia, leucocitose, eosinopenia, hemoglobina diminuída, plaquetopenia, agregação plaquetária, aumento de D-dímero, tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), entre outros, sendo essas alterações importantes preditores da doença e essenciais no acompanhamento dos casos de coronavírus (PEREIRA et al., 2021). Assim, apesar das dificuldades ainda encontradas na condução dos casos e tratamento, os resultados de exames hematológicos são essenciais na avaliação de prognóstico e tratamento, tendo esses exames relação direta com o efeito que o vírus é capaz de provocar nas células e em todo o corpo (RUPPENTHAL et al., 2021).