ENVOLVIMENTO E CORRELAÇÃO ENTRE NGF E TNFΑ NA VIGÊNCIA DE REAÇÃO HANSÊNICA
Palavras-chave:
hanseníase, reações hansênicas, citocinas, fator de crescimento neuralResumo
A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica que tem como agente causador o patógeno intracelular Mycobacterium leprae, um bacilo gram-positivo com tropismo por macrófagos da pele e células de Schwann dos nervos periféricos. Pacientes com hanseníase podem desenvolver as reações hansênicas, que nada mais são que episódios agudos imuno-inflamatórios mediados por citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, IFN-g, IL-6, e IL-17, envolvidas na resposta imune exacerbada. Mas, também, por neurotrofinas, como o NGF (Nerve Growth Factor) que exerce importante papel na patogênese da hanseníase devido ao fato de regular função neural e ter importante papel na neuroplasticidade. Altos níveis de NGF predispõem a expressão aumentada de TGF-beta, que reduz a inflamação e promove redução de danos. Já baixos níveis de NGF, estimulam o aumento dos níveis de TNF-α e o consequente desenvolvimento de lesão neural com neuropatia. Sabe-se que o NGF apresenta uma interação estreita com células e citocinas do sistema imune associadas com a patogênese da neuropatia hansênica e que a citocina TNF-α pode participar dos mecanismos relacionados com indução de lesão neural. Sendo assim o objetivo deste plano de trabalho foi realizar uma revisão integrativa sobre o papel e correlação da neurotrofina NGF e de citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, IL-6 e IL-17 na patogênese da reação hansênica tipo 1 e 2 a fim de investigar a correlação desta com a ocorrência de reações hansênicas tipo 1 e tipo 2.
Referências
ANGST, D. B. M. et al. Cytokine levels in neural pain in leprosy. Frontiers in Immunology, v. 11, p. 23, 2020.
AARÃO, T. L.S et al. Nerve growth Factor and Pathogenesis of leprosy: Review and Uptade. Frontiers and Immunology, v.9, p. 1-8, May 2018.
DE JESUS, Jéssica Batista et al. Ciclosporina A como Estratégia Neuroimune Alternativa para Controlar Neurites e Recuperar Tecidos Neuronais na Hanseníase. Neuroimunomodulação, v. 29, n. 1, pág. 15-20, 2022.
DE SOUSA, J. R.; SOTTO, M. N.; QUARESMA, J. A. S. Leprosy as a complex infection: Breakdown of the Th1 and Th2 immune paradigm in the immunopathogenesis of the disease. Frontiers in Immunology, [s. l.], v. 8, n. NOV, p. 18–21, 2017.
FONSECA, Adriana Barbosa de Lima et al. The influence of innate and adaptative immune responses on the differential clinical outcomes of leprosy. Infectious diseases of poverty, v. 6, n. 1, p. 1-8, 2017.
LOWY, L.; RIDLEY, D.S. The acid-fast staining properties of Mycobacterium leprae. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 48, n. 5, p. 406-410, 1954.
RIDLEY, D. S. et al. The bacteriological interpretation of skin smears and biopsies in leprosy. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 49, n. 5, p. 449-52, 1955.
RODRIGUES, L. C.; LOCKWOOD, D. N. J. Leprosy now: epidemiology, progress, challenges, and research gaps. The Lancet Infectious Diseases, v. 11, n. 6, p. 464-470, 2011.
SERRANO-COLL, Héctor et al. Mycobacterium leprae-induced nerve damage: direct and indirect mechanisms. Pathogens and disease, v. 76, n. 6, p. fty062, 2018.
WALKER, S. L.; LOCKWOOD, D. N. J. Leprosy type 1 (reversal) reactions and their management. Leprosy review, v. 79, n. 4, p. 372-386, 2008.
WIDASMARA, Dhelya; MENALDI, Sri Linuwih; TURCHAN, Agus. Evaluation of nerve growth factor serum level for early detection of leprosy disability. The Pan African Medical Journal, v. 37, 2020.
WIDASMARA, Dhelya; PANJARWANTO, Dwi Andhika; SANANTA, Panji. The Correlation of Semmes–Weinstein Monofilament Test with the Level of P-75 Neurotrophin as Marker of Nerve Damage in Leprosy. Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, v. 13, p. 399, 2020.