RESPOSTAS AGUDAS DO EXERCÍCIO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (HIIT) X CONTÍNUO DE MODERADA INTENSIDADE SOBRE PARÂMETROS DE AFETIVOS E ANSIEDADE EM PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR.
Palavras-chave:
saúde mental, depressão, exercício físicoResumo
O sedentarismo é um problema de saúde pública que acomete cerca de 31% da população mundial. Tal fator de risco é comumente observado em diferentes transtornos mentais, e diretamente associado aos sintomas do transtorno de humor bipolar (TB) [1]. É bem descrito na literatura também que um baixo valor do consumo máximo de oxigênio (VO2Máx) [2], representaria um prognóstico negativo para saúde, resultando em mais graves manifestações sintomáticas da doença [1], bem como, maior incidência de comorbidades associadas, e um risco aumentado de mortalidade.
Neste sentido, os efeitos agudos e/ou crônicos promovidos pelo exercício aeróbio ao condicionamento físico são bem definidos e claros na literatura em praticantes saudáveis, porém, sobre a saúde de pacientes com transtorno de humor, estes precisam de maior fortalecimento. Segundo tal racional, faz sentido pensar que o exercício físico em pacientes bipolares poderia exibir o potencial terapêutico necessário para influenciar positivamente os efeitos deletérios proporcionados tanto por comorbidades associadas ao baixo condicionamento físico, quanto aos diretamente atribuídos pelos sintomas da doença [3-5].
Atualmente o exercício intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido privilegiado como escolha de intervenção para diferentes grupos de pessoas. Apesar de parecer uma estratégia promissora, merece ser destacado que HIIT pode gerar consequências negativas, como o estresse mental aumentado, elevação dos níveis de ansiedade, um estado afetivo negativo, humor deprimido, em suma, agravando os sintomas do TB [6]. Por isso, para tais respostas faz-se necessário a investigação intensiva das influências do modelo HIIT sobre a ótica do TB.
Referências
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