CANA-DE-AÇÚCAR: O USO DE FERTILIZANTES E OS IMPACTOS AMBIENTAIS

Autores

  • Camila Lago Pinheiro PUC Goiás
  • Francisco Leonardo Tejerina- Garro Universidade Unievangelica de Goiás- UniEvangélica

Palavras-chave:

macronutriente, micronutriente, fertilizante mineral, cana-de-açúcar, impacto ambiental, fertilizante nitrogenado, fertilizante potássico, fertilizante fosfatado, cultivo

Resumo

A cana-de-açúcar é uma gramínea semiperene da família Poacea, que tem como característica a produção de açúcares, como sacarose, glicose e frutose, que se acumulam em seus colmos (FONTANETTI & BUENO, 2017; DE MATOS; SANTOS; EICHLER, 2020). Ela tolera elevados níveis de água, altos índices solares e altas temperaturas, por isso são normalmente cultivadas nos países localizados nas regiões tropicais e subtropicais (MOORE; PATERSON; TEW, 2013).

Atualmente a cana-de-açúcar é usada como commodity comercial em muitos países, ou seja, usam ela como produto para exportar e movimentar a economia do país. Em vista disso, a sua produção é feita por cerca de 100 países, com uma área total de 23,8 milhões de hectares, representando aproximadamente 1,5% de toda a área agrícola do mundo (MOORE; PATERSON; TEW, 2013). Em 2019, os países que foram responsáveis por 70% da produção mundial da cana de açúcar foram o Brasil, Índia, China e Tailândia, sendo que o Brasil é responsável por 30% dessa produção (DE MATOS; SANTOS; EICHLER, 2020).

          A produção da cana-de-açúcar gera diversos impactos ao meio ambiente ligados à utilização de fertilizantes que influenciam na qualidade do solo, da água e do ar. Os fertilizantes fosfatados podem gerar um acúmulo de metais pesados no solo, além de serem lixiviados e levados para os cursos d’água juntamente com os fertilizantes nitrogenados e através disso pode-se gerar um acúmulo de nutrientes causando a eutrofização dos rios (VERBEECK; SALAETS; SMOLDERS, 2020; SIPERT & COHIM, 2020).

Além disso, os fertilizantes nitrogenados também estão ligados a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) pela emissão do gás óxido nitroso (N2O). Quando esses nutrientes são adicionados ao solo eles sofrem reações químicas (desnitrificação ou nitrificação) realizadas por microrganismos que liberam o óxido nitroso na atmosfera (DE ALMEIDA et al., 2015).

Referências

BELWAL, T. et al. Optimized microwave assisted extraction (MAE) of alkaloids and polyphenols from Berberis roots using multiple-component analysis. Scientific reports, v. 10, n. 1, p. 1-10, 2020.

BROPHY, J.; BAWDEN, D. Is Google enough? Comparison of an internet search engine with academic library resources. In: Aslib proceedings. Emerald Group Publishing Limited, 2005.

DE ALMEIDA, R. F. et al. Emissão de óxido nitroso em solos com diferentes usos e manejos: Uma revisão. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, v. 8, n. 2, p. 441-461, 2015.

DE MATOS, M.; SANTOS, F.; EICHLER, F. Sugarcane world scenario. In: Sugarcane biorefinery, technology and perspectives. Academic Press, p. 1-19, 2020.

FALAGAS, M. E. et al. Comparison of PubMed, Scopus, web of science, and Google scholar: strengths and weaknesses. The FASEB journal, v. 22, n. 2, p. 338-342, 2008.

FONTANETTI, C. S.; BUENO, O. C. Cana-de-açúcar e seus impactos: uma visão acadêmica. Bauru, SP: Canal, v. 6, p. 275, 2017.

MOORE, P. H.; PATERSON, A. H.; TEW, T. Sugarcane: the crop, the plant, and domestication. Sugarcane: physiology, biochemistry, and functional biology, p. 1-17, 2013.

MORAIS, L. K. de et al. Breeding of sugarcane. In: Industrial crops. Springer, New York, NY, p. 29-42, 2015.

SIPERT, S.; COHIM, E. B. A phosphorus flow analysis of Brazil. Environmental Engineering Science, v. 37, n. 2, p. 148-163, 2020.

VERBEECK, M.; SALAETS, P.; SMOLDERS, E. Trace element concentrations in mineral phosphate fertilizers used in Europe: A balanced survey. Science of The Total Environment, v. 712, p. 136419, 2020.

Downloads

Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

ExEx_CIPEEX