PERFIL DA MORTALIDADE MASCULINA POR CAUSAS EXTERNAS NO ESTADO DE GOIÁS
Resumo
Morte por causas externas são aquelas “ não natural” e tem caráter multifatorial, provocada por intervenção voluntária ou por causa brutal. Elas representam um problema de saúde pública, ocupando as posições mais altas entre as causas de óbito e acomete mais o sexo masculino. Objetivos: Traçar o perfil de mortalidade masculina por causas externas no Estado de Goiás, por ano, faixa etária, escolaridade, raça e estado civil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e temporal (2008-2013) sobre a mortalidade masculina por causas externas no Estado de Goiás, construído a partir dos dados do DATASUS. Resultados: Entre 2008 e 2010 as mortes por causas externa em Goiás foram a segunda maior causa, com um aumento de 32,45% nesse período, sendo 2013 o ano com o maior número de mortes por causas externas, quase 20% dos casos. Entre as mortes por causas externas, as agressões ficaram com 44,6%, seguida de acidentes de transporte com 33,3%. A faixa etária mais acometida é de 20 a 29 anos, com 30,3%, seguida pela de 30 a 39 anos com 20,8%. Homens pardo morreram mais por causas externas, com 63,15%, do que brancos, 28%. Homens solteiros tiveram 58,1% enquanto os casados, 20,7%. Dentro da escolaridade, os “ ignorados” morreram mais, com 38,2%. Conclusão: Os achados do estudo apontam o aumento do risco de morrer por causas externas em homens, jovens, pardos e solteiros residentes em Goiás por agressões e acidentes com transportes. Há a necessidade de políticas preventivas dando destaque a essa população de risco.