DESEMPREGO E SEGREGAÇÃO OCUPACIONAL DE HOMOSSEXUAIS NO MERCADO DE TRABALHO DE GOIÁS

Estudos econômicos sobre a orientação sexual são relativamente recentes e escassos. O artigo pioneiro verificou que, nos EUA, gays apresentam menores rendimentos, enquanto lésbicas têm rendimentos semelhantes ou maiores que as mulheres heterossexuais. Diversos autores internacionais se dedicaram a estudar o tema entre heterossexuais e homossexuais. Mas, especificamente para o Brasil ou para países da América Latina, há pouco estudos, sendo que esses mostraram efeitos positivos da homossexualidade sobre o rendimento. O objetivo geral desta pesquisa é analisar a discriminação por orientação sexual no mercado de trabalho em 2010,avaliando o desemprego e a segregação ocupacional. São utilizados os microdados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE do estado de Goiás e são selecionados os arranjos familiares formados por casais homossexuais e criado um grupo de controle de casais heterossexuais. Considerando a amostra da população de casais no estado, 299.206 pessoas, observa-se que há apenas 464 homossexuais, ou seja, cerca de 0,16% da amostra. Verifica-se que, entre os homossexuais há uma maior taxa de desemprego, 4,31%, em comparação aos heterossexuais que tem taxa de desemprego de 2,98%. Da distribuição ocupacional, pode-se destacar que há maior concentração relativa de homossexuais nos grupos: técnicos e profissionais de nível médio; diretores e gerentes; trabalhadores de apoio administrativo; trabalhadores dos serviços e comércios; e profissionais das ciências e intelectuais. Por outro lado,observa-se que os grupos que têm maior concentração relativa de heterossexuais são aqueles que exigem menor II Congresso Internacional de Pesquisa, Ensino e Extensão Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA qualificação, ligados à agropecuária, indústria e forças armadas ou ainda ocupações mais braçais.

Autores

  • Ana Karla Diniz Chaves
  • Priscila Casari

Resumo

Estudos econômicos sobre a orientação sexual são relativamente recentes e escassos. O artigo pioneiro verificou que, nos EUA, gays apresentam menores rendimentos, enquanto lésbicas têm rendimentos semelhantes ou maiores que as mulheres heterossexuais. Diversos autores internacionais se dedicaram a estudar o tema entre heterossexuais e homossexuais. Mas, especificamente para o Brasil ou para países da América Latina, há pouco estudos, sendo que esses mostraram efeitos positivos da homossexualidade sobre o rendimento. O objetivo geral desta pesquisa é analisar a discriminação por orientação sexual no mercado de trabalho em 2010,avaliando o desemprego e a segregação ocupacional. São utilizados os microdados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE do estado de Goiás e são selecionados os arranjos familiares formados por casais homossexuais e criado um grupo de controle de casais heterossexuais. Considerando a amostra da população de casais no estado, 299.206 pessoas, observa-se que há apenas 464 homossexuais, ou seja, cerca de 0,16% da amostra. Verifica-se que, entre os homossexuais há uma maior taxa de desemprego, 4,31%, em comparação aos heterossexuais que tem taxa de desemprego de 2,98%. Da distribuição ocupacional, pode-se destacar que há maior concentração relativa de homossexuais nos grupos: técnicos e profissionais de nível médio; diretores e gerentes; trabalhadores de apoio administrativo; trabalhadores dos serviços e comércios; e profissionais das ciências e intelectuais. Por outro lado,observa-se que os grupos que têm maior concentração relativa de heterossexuais são aqueles que exigem menor II Congresso Internacional de Pesquisa, Ensino e Extensão Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA qualificação, ligados à agropecuária, indústria e forças armadas ou ainda ocupações mais braçais.

Downloads

Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

(UniEVANGÉLICA Anápolis) - Poster